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Saiba quais os melhores filmes de 2023, segundo críticos do New York Times

Foi um ano fantástico para o cinema, mesmo que o tema principal com o qual os filmes lidaram fosse pessimista

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Manohla Dargis Alissa Wilkinson
The New York Times

Uma caçada empolgante, por Manohla Dargis

Eu tive um ano de filmes incrível —e você? Vi centenas de filmes novos com uma variedade de enredos e estilos, feitos com uma enorme diversidade de orçamentos. Alguns eram de estreantes como A.V. Rockwell e outros do sempre novo Martin Scorsese. Alguns você já ouviu falar ou ouvirá, enquanto outros mal fizeram barulho.

Leonardo DiCaprio e Lily Gladstone em cena do filme "Assassinos da Lua das Flores", de Martin Scorsese
Leonardo DiCaprio e Lily Gladstone em cena do filme 'Assassinos da Lua das Flore', de Martin Scorsese - Divulgação

Alguns foram lançados por independentes como A24 e a pequena KimStim, outros vieram de empresas de tecnologia ou dos chamados 'estúdios tradicionais', um termo vagamente elogioso que sugere influência, mas também obsolescência.

Os filmes têm estado à beira da morte desde a transição para o som sincronizado, o que não é subestimar os problemas comerciais da indústria. Quando o ano começou, a indústria ainda estava se recuperando dos fechamentos e desacelerações forçadas pela pandemia. "Enquanto 2023 começa, a preocupação e medo persistem após um ano turbulento", noticiou o jornal The Hollywood Reporter, diagnosticando as altas e baixas da bilheteria de 2022 como "dramáticas".

No entanto, alguns analistas de Wall Street estavam otimistas em relação ao público dos cinemas. "Estamos vendo um ressurgimento do interesse nos cinemas", disse um analista ao Yahoo no final de janeiro. Tinha acabado de voltar da abundância do Festival de Cinema de Sundance e também estava otimista.

À medida que o inverno dava lugar à primavera e ao verão, vários dos meus filmes favoritos já haviam sido lançados nos cinemas e eu havia pré-visualizado vários outros em Cannes, onde novamente fiquei animada com o que vi. Ao mesmo tempo, o ritmo constante de notícias preocupantes da indústria continuou quando o sindicato dos roteiristas entrou em greve no dia 2 de maio, impedindo vários blockbusters certeiros de encantar o público nos cinemas.

"Indiana Jones e o Disco do Destino" estava "amaldiçoado", dizia uma manchete, "‘Missão: Impossível 7’ fica aquém das expectativas", dizia outra. O lamento nos negócios deu lugar a sirenes de alarme quando grande parte do sindicato dos atores entrou em greve em 14 de julho. Dois dias depois, Barry Diller, que já comandou a Paramount, alertou que as greves poderiam levar ao "colapso absoluto" da indústria. Cinco dias depois, "Barbie" e "Oppenheimer" foram lançados.

O fenômeno chamado "Barbenheimer" impulsionou a bilheteria, as greves terminaram e aqui estamos. É tentador repetir a máxima de William Goldman de que "ninguém sabe de nada". Exceto que este ano também nos lembrou de algumas coisas que já sabíamos há algum tempo, incluindo que diretoras mulheres podem fazer qualquer tipo de filme, desde os intimamente escalados até produções gigantescas que se tornam sucessos monstruosos.

Este ano também nos mostrou que um público em massa sairá de casa para assistir a filmes sem super-heróis. E, ocasionalmente, não aparecerá para filmes com eles, o que ficou evidente após as decepções tanto dos estúdios DC quanto da Marvel, quando "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania", "Shazam: Fúria dos Deuses", "The Flash", "Besouro Azul" e "As Marvels" falharam nos cinemas.

Aqui estão meus filmes favoritos do ano. Todos foram ou ainda serão lançados nos cinemas.


1. 'Assassinos da Lua das Flores' (Martin Scorsese)

Neste épico angustiante, Scorsese revisita uma onda de crimes perpetrados por americanos brancos —amantes e amigos, fazendeiros e banqueiros, policiais locais e guardiões nomeados pelo governo— contra indígenas Osage enriquecidos pelo petróleo. O centro emocional é uma história indescritivelmente cruel de amor e traição, uma conspiração barroca alimentada pela ganância e uma crença inabalável na superioridade branca. O 'Destino Manifesto' [crença divina dos americanos usada para justificar a expansão para o oeste do país] faz um ótimo filme de gangster. Disponível na Apple TV+

2. 'Oppenheimer' (Christopher Nolan)

Com seu minucioso detalhismo voltado para amplitudes monumentais, Nolan acompanha J. Robert Oppenheimer, o chamado "pai da bomba atômica", desde sua juventude tortuosa até os posteriores anos angustiantes. Grande parte do filme envolve o papel de Oppenheimer na pesquisa e desenvolvimento das bombas atômicas que foram lançadas em Hiroshima e Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial, catástrofes que definiram o mundo e que mataram entre 100 mil e 200 mil pessoas. Os bombardeios ajudaram a inaugurar a era autodestrutiva dominada por humanos. Disponível para aluguel nas principais plataformas

3. 'Menus-Plaisirs —Les Troisgros' (Frederick Wiseman)

Neste filme profundamente prazeroso, Wiseman foca na família Troisgros, uma dinastia de chefs franceses. Grande parte do filme se passa em seu celebrado restaurante-hotel no Loire, onde o patriarca supervisiona uma equipe que, com amor, engenhosidade, coreografia e técnica sublime, cria uma surpresa após a outra para o deleite e a delícia dos outros —assim como o gênio por trás da câmera. Sem previsão de chegar ao Brasil

4. 'Occupied City' (Steve McQueen)

Em seu documentário surpreendente e formalmente rigoroso de quatro horas e meia, o diretor britânico de "12 Anos de Escravidão" usa cenas cotidianas da Amsterdã contemporânea para mapear, rua por rua e endereço por endereço, o destino desastroso da população judaica da cidade durante a Segunda Guerra Mundial. O filme foi escrito por Bianca Stigter, esposa de McQueen, e baseado em seu livro "Atlas de uma Cidade Ocupada: Amsterdã 1940-1945". Sem previsão de chegar ao Brasil

5. 'Mil e Um' (A.V. Rockwell)

Em sua estreia impressionante, Rockwell acompanha uma jovem mulher, a maravilhosa Teyana Taylor, ao longo dos anos —desde a década de 1990— enquanto ela cria seu filho em um Nova York em rápida gentrificação. Rockwell nasceu e foi criada no Queens e tem um profundo sentimento pela cidade e pelas pessoas que, longe dos corredores do poder e apesar dos ataques dos mercenários gananciosos, sempre deram vida a Nova York. Disponível para aluguel nas principais plataformas

6. 'Asteroid City' (Wes Anderson)

Na pequena cidade fictícia do sudoeste onde grande parte deste filme se passa, mundos se chocam, uma história de amor floresce e desaparece, crianças enganam adultos e um extraterrestre faz um pouso surpreendente. Com destreza e complexidade, ternura e entrega impassível, técnica meticulosa e cores hipnotizantes, Anderson brinca com diferentes mídias e artes performáticas para contar uma história sobre contar histórias que é irônica, cômica e trágica. Disponível para aluguel nas principais plataformas

7. 'Segredos de Um Escândalo' (Todd Haynes)

Neste filme inquietante e perverso sobre essa performance chamada vida, uma atriz, Elizabeth, vivida por Natalie Portman, visita a mulher que inspira seu próximo filme. Ela é Gracie, papel de Julianne Moore, uma dona de casa que gosta de assar bolos e que também é ex-presidiária, tendo sido presa por ter relações sexuais com um menor de idade com quem posteriormente se casou. Um ótimo Charles Melton interpreta seu marido trágico. As coisas ficam muito complicadas e depois extremamente tristes. Estreia dia 18 de janeiro

8. 'Showing Up' (Kelly Reichardt)

O mais recente filme de Reichardt acompanha Lizzy (uma Michelle Williams delicadamente contida e reveladora), uma escultora em Portland, Oregon, enquanto ela prepara uma nova exposição em uma galeria, lidando com amigos, família, seu gato muito malvado e um pombo ferido. Para Lizzy, fazer arte é um ato de auto-criação e uma forma de ser, o que me faz suspeitar que este adorável filme de escala modesta também seja um retrato autoral. Disponível para aluguel nas principais plataformas

9. 'Orlando: Minha Biografia Política' (Paul B. Preciado)

Neste documentário ensaístico, Preciado —um filósofo e ativista transgênero espanhol em sua estreia como diretor— usa o romance de Virginia Woolf "Orlando: Uma Biografia" como ponto de partida para explorar as complexidades e as muitas gaiolas da identidade. Com base em uma ampla gama de fontes e auxiliado por 20 artistas trans e não binários, Preciado fez um filme que é brincalhão, urgente e tão intelectualmente inspirador quanto emocionalmente estimulante.

10. 'Stonewalling' (Huang Ji e Ryuji Otsuka)

É 2019 quando esta narrativa de partir o coração formalmente rigorosa começa. A jovem Lynn, vivida por Yao Honggui, está enfrentando uma série de obstáculos assustadores, incluindo seu namorado podre, pais briguentos, falta de emprego e um futuro incerto. Quando a história termina, é início de 2020, todos estão usando máscaras cirúrgicas e Lynn está exausta após tentar todos os tipos de trabalhos e truques imagináveis. Ela também está grávida e agora tem algo de valor.

Mais dez filmes: "All Dirt Roads Taste of Salt", "Earth Mama", "Folhas de Outono", "Ferrari", "John Wick 4; Baba Yaga", "Vidas Passadas", "R.M.N.", "Scarlet", "Fogo-Fátuo", "Youth (Spring)".

Onde o mal se esconde, por Alissa Wilkinson

Este foi o ano do mal no cinema: mal comum, angustiante, arrepiante. Ele não usava capas de vilão e nem sempre chegava no formato esperado de filmes de terror. E por isso foi tão aterrorizante.

Os filmes deste ano propuseram que o oposto do mal não é a bondade, mas a realidade. O mal era algo para homens da ciência, como J. Robert Oppenheimer, lutarem, percebendo que quando o universo físico se cruza com a ética humana, nenhuma decisão pode ser realmente neutra. O mal foi discutido em Cannes na coletiva de imprensa após a exibição de "Assassinos da Lua das Flores", um filme sobre o quão bárbara a civilização pode ser.

Em "Zona de Interesse", o mal indescritível é omitido, de forma voluntária, por pessoas que estão apenas seguindo suas vidas cotidianas. A linguagem burocrática e os eufemismos os impedem de reconhecer os horrores que estão perpetuando.

Na verdade, a forma como a linguagem pode mascarar e produzir o mal —especialmente o tipo banal que surge da auto-ilusão— estava presente em todos os filmes deste ano. "Segredos de Um Escândalo", de Todd Haynes, é repleto de cegueira voluntária por parte de personagens que nem sequer conseguem formular as palavras para contar a verdade sobre suas vidas.

"Anatomia de Uma Queda", de Justine Triet, parte de um casamento construído com um compromisso linguístico —os parceiros se comunicam em inglês, uma segunda língua para ambos— para chegar a uma história sobre a violência cotidiana que palavras descuidadas podem causar, seja no tribunal ou na sala de estar. E talvez o mais forte e ousado deles tenha sido "Reality", que usa uma transcrição real de interrogatório para mostrar a maleabilidade das palavras, a forma como o poder e a justiça podem ser distorcidos para manipular a realidade.

Qualquer forma de arte é capaz de explorar a natureza do mal. Mas há algo no cinema —imersivo, limitado pelo tempo, que atinge vários sentidos de uma só vez— que parece especialmente adequado para a tarefa, já que o mal é algo mais prontamente identificado no instinto do que na mente consciente. Em um mundo cada vez mais desvinculado da realidade, onde mal flutua livremente e mal podemos confiar no que vemos com nossos próprios olhos, talvez o cinema possa nos dar a linguagem certa para enfrentá-lo corajosamente.


1. 'Assassinos da Lua das Flores' (Martin Scorsese)

Desde o início de sua carreira, Scorsese é obcecado pela culpa: O que significa ser culpado? Alguém é realmente inocente? O perdão é possível ou apenas uma fantasia conveniente? "Assassinos da Lua das Flores", com suas muitas camadas, oferece talvez a visão mais ampla do cineasta sobre o assunto até agora —partindo da firme crença de que a culpa é geracional, assim como o luto, e que contar uma história (neste caso, do assassinato sistemático de membros da etnia Osage) é tanto problemático quanto impossível de evitar. Disponível para aluguel nas principais plataformas

2. 'Vidas Passadas' (Celine Song)

De vez em quando, a beleza subestimada de um diretor estreante —neste caso, a dramaturga Celine Song— agarra você pelo coração e não solta. Para mim, isso aconteceu lá em Sundance com "Vidas Passadas", sobre uma mulher, Greta Lee, que contempla as vidas que poderia ter vivido e as escolhas que criaram a vida que ela leva. Com os magníficos coadjuvantes Teo Yoo e John Magaro, o filme é brilhante e emocionante, uma análise do destino, do acaso, do amor e do fio invisível que une uma alma à outra. Estreia dia 16 de fevereiro

3. 'Zona de Interesse' (Jonathan Glazer)

Baseado vagamente em um romance de Martin Amis, "Zona de Interesse" arrepia pelas omissões e pelo que não é mostrado na tela. A história trata da família de Rudolf Höss, vivido por Christian Friedel, o comandante de Auschwitz, que vive uma vida idílica com sua família do lado de fora dos muros do campo de extermínio. Sua esposa, interpretada por Sandra Hüller, administra uma casa pacífica e mostra orgulhosamente sua vida para a mãe durante uma visita. Mas você pode ouvir, e quase sentir o cheiro, do que está acontecendo atrás do muro. É uma investigação ousada e nauseante sobre até que ponto os seres humanos podem se cegar voluntariamente para o mal. Estreia nos cinemas dia dois de fevereiro

4. 'Reality' (Tina Satter)

"Reality" tem Sydney Sweeney como Reality Winner, a ex-tradutora da Agência de Segurança Nacional presa por vazar informações sobre a interferência russa nas eleições de 2016. Adaptado de uma peça também escrita e dirigida por Satter, o filme tem diálogos transcritos literalmente —e às vezes censurados— do interrogatório do FBI a Winner em sua casa antes de sua prisão. Sweeney está incrível no papel, a âncora de um thriller furioso e verdadeiro. Mas o que se destaca é a maneira como "Reality" nos faz questionar o que é real em vários níveis —não apenas se e quando um governo é confiável, mas também quando a linguagem deliberadamente obscurece a realidade, e faz questionar se o próprio filme é ficção, documentário ou algo desconfortavelmente na área cinzenta entre os dois.

5. 'A Still Small Voice' (Luke Lorentzen)

No início da pandemia, no Hospital Mount Sinai, em Nova York, um grupo de residentes de uma capela cuida de pacientes e suas famílias enquanto lidam com seu próprio luto e medo. O documentário observacional de Lorentzen, filmado em grande parte sozinho, segue uma residente, Mati, e sua supervisora. O idealismo de Mati é desafiado enquanto ela ministra a pessoas de todas as religiões e nenhuma em particular, ao mesmo tempo em que experimenta sua própria crise de fé. A natureza da misericórdia, da mortalidade e da crença diante de uma dor inimaginável torna isso, de alguma forma, um filme esperançoso, embora seja uma esperança conquistada com dificuldade.

Os atores Sandra Huller e Christian Friedel, do filme 'Zona de Interesse", em Cannes - Sarah Meyssonnier/REUTERS

6. 'Oppenheimer' (Christopher Nolan)

Metade do maior evento cinematográfico do ano, "Oppenheimer" é essencialmente um exame do poder, tanto no sentido geopolítico quanto no atômico. A escolha de Nolan de dividir o filme em dois atos geradores de poder, fissão e fusão, enfatiza o ponto: embora o filme seja em grande parte sobre o Projeto Manhattan e o compromisso moral com o qual Oppenheimer luta, também trata das batalhas mesquinhas do homem para obter poder sem considerar o futuro. Nolan é obcecado pela interação entre o que é científico e humano, e por isso é uma combinação perfeita. Disponível para aluguel nas principais plataformas

7. 'Smoke Sauna Sisterhood' (Anna Hints)

Vários filmes bons e muito comentados deste ano, como "Barbie" e "Pobres Criaturas", narram as jornadas de mulheres para se tornarem suas próprias heroínas em um mundo ainda inclinado ao patriarcado. Mas o documentário estoniano "Smoke Sauna Sisterhood" é o que mais me marcou. Mulheres se reúnem em uma sauna de fumaça —vemos seus corpos nus enquadrados de forma apertada, do pescoço para baixo, na maior parte do filme— repetidamente ao longo de um ano. Elas discutem as realidades dolorosas e alegres de suas vidas: medos e esperanças, romances e abusos, fraquezas e forças. Visualmente marcante e incomumente sincero, ele captura uma autenticidade que poucos filmes de ficção conseguem capturar completamente.

8. 'Terra de Deus' (Hlynur Palmason)

É o século 19, e um jovem padre dinamarquês com muito amor próprio decidiu liderar uma igreja na remota Islândia, na época ainda uma colônia dinamarquesa. O que ele descobre nas praias geladas é uma paisagem cativante que é totalmente indiferente à sua existência. Assistir a sua desintegração quando confrontado com a realidade de seu chamado é ao mesmo tempo trágico e sombriamente engraçado, mas o significado mais profundo é o que permanece: podemos planejar o quanto quisermos mudar o mundo, mas o mundo geralmente leva vantagem sobre nós. Disponível para streaming na Filmicca

9. 'A Memória Infinita' (Maite Alberdi)

O documentário assombroso de Alberdi se concentra em Augusto Góngora, um dos jornalistas culturais mais famosos do Chile, e sua esposa, Paulina Urrutia. Góngora está vivendo com Alzheimer, e o filme faz um paralelo entre a deterioração lenta do protagonista e sua luta ao longo da vida para preservar a história e a memória coletiva do Chile. Sem memória, diz Góngora, estamos perdidos. O que o ancora é o amor fervoroso de Urrutia, um vínculo tão forte que pode resistir à tragédia —com lições para as nações que desejam apagar suas próprias memórias. Disponível para streaming no Paramount+

10. 'Menus-Plaisirs —Les Troisgros' (Frederick Wiseman)

Wiseman, o maior cronista da América de instituições, volta seu olhar documental observacional para La Maison Troisgros, um restaurante três estrelas Michelin em Roanne, França, administrado por várias gerações da família Troisgros. Embora a comida pareça deliciosa e os clientes muitas vezes sejam muito engraçados, a verdadeira alegria do filme de Wiseman é sua sutil tecelagem entre tudo isso. As futuras gerações de artistas e chefs, clientes e produtores dependem do equilíbrio entre lucro e cultivo cuidadoso no presente, seja na forma como uma cozinha funciona, como as uvas são cultivadas ou como uma família planeja seus negócios. Esse equilíbrio é evidente ao longo do filme, que é um deleite sensorial e às vezes parece quase um balé.

E não perca: "Afire" (Christian Petzold), "American Fiction" (Cord Jefferson), "American Symphony" (Matthew Heineman), "Anatomia de Uma Queda" (Justine Triet), "Anselm" (Wim Wenders), "Crescendo Juntas" (Kelly Fremon Craig), "Barbie" (Greta Gerwig), "BlackBerry" (Matt Johnson), "Eileen" (William Oldroyd), "Folhas de Outono" (Aki Kaurismaki), "Four Daughters" (Kaouther Ben Hania), "Os Rejeitados" (Alexander Payne), "Segredos de Um Escândalo" (Todd Haynes), "Pobres Criaturas" (Yorgos Lanthimos), "Priscilla" (Sofia Coppola), "The Royal Hotel" (Kitty Green), "Showing Up" (Kelly Reichardt), "The Starling Girl" (Laurel Parmet), "A Paixão de Dodin Bouffant" (Tran Anh Hung), "Verdades Dolorosas" (Nicole Holofcener).

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