A Airbus teve recorde de pedidos de aviões e confirmou aumento de 11% nas entregas de jatos em 2023, mantendo a liderança do setor contra a Boeing pelo quinto ano seguido.
A fabricante informou nesta sexta-feira (12) que recebeu 2.319 encomendas brutas e 2.094 pedidos líquidos, que excluem cancelamentos. A empresa entregou 735 aviões no ano passado, deixando sua carteira de pedidos em 8.598 aviões.
Na última terça-feira, a Boeing divulgou que entregou 528 aeronaves em 2023. A empresa registrou 1.314 novos pedidos líquidos.
O presidente-executivo da Airbus, Guillaume Faury, disse está confiante de que a companhia atingirá a meta de montagem de 75 jatos da família A320neo por mês em 2026.
Embora os pedidos tenham ultrapassado os níveis anteriores à pandemia em meio à forte demanda por viagens, Faury disse que não acha que a Airbus recuperará seus níveis recordes de entrega de 2019, de cerca de 870 aviões, já neste ano. Em fevereiro, a empresa apresentará as metas para 2024.
"A situação na cadeia de suprimentos ainda é tensa. Está melhorando, está melhorando, mas também estamos voando mais alto à medida que continuamos a aumentar o ritmo em 2024", disse Faury a jornalistas.
Christian Scherer, presidente-executivo do negócio principal de aeronaves comerciais da Airbus, afirmou que a aviação se recuperou mais rápido do que o esperado da pandemia da Covid-19, especialmente em aeronaves de grande porte.
A Airbus está com capacidade esgotada até o final da década para jatos de corredor único e até 2028 para aeronaves de fuselagem larga, comentou Scherer.
O executivo reafirmou que o A321XLR, o jato de corredor único mais recente e de maior alcance da empresa, terá sua primeira entrega no segundo trimestre.
Nesta semana, a Airbus viu ainda a concorrente Boeing sofrer com críticas ao seu controle de qualidade após uma aeronave modelo 737 Max 9 ter uma tampa de porta arrancada em pleno voo. Não houve feridos no incidente, que está sendo investigado pelas autoridades da aviação civil nos Estados Unidos.
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