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02/05/2010 - 02h30

Israel, conflitos, saúde, voto, aposentados

da Folha.com

Israel

O governo israelense parece que se esqueceu de todas as lições aprendidas ao longo da história muitas ensinadas pela filósofa judia Hanna Arendt, que celebrizou o conceito de "banalização do mal" e promove uma política nitidamente de caráter fascista e vergonhosa.
O massacre do povo palestino, estrangulado por esse bloqueio inacreditável, só faz crescer o apoio internacional a um povo que busca seu direito de sobrevivência. Será que só existem terroristas na faixa de Gaza?
O governo israelense brinca com a violência como uma criança mimada brinca de bater nos maiores porque sabe que seu irmão mais velho virá em seu socorro. O irmão mais velho de Israel, no caso, atende pelo nome de EUA, mas nem o poderoso Estado americano poderá acudir essa criança mimada dado os atos terroristas praticados.
Não joguem sua história pela janela. Deem uma chance para a paz.

ENILSON SIMÕES DE MOURA, Alemão, vice-presidente da União Geral dos Trabalhadores --UGT (São Paulo, SP)

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Incrível a rapidez com que vários países, inclusive o Brasil, condenaram a ação militar israelense . Dá para imaginar o que EUA, China ou Rússia, por exemplo, fariam se navios não autorizados se aproximassem de suas costas e não atendessem as ordens para desviar a rota? Certamente tomariam atitudes até mais firmes que as tomadas por Israel e teriam, imediatamente, justificativas para suas ações.
Mas, como foi Israel, é muito mais fácil condenar de imediato.

JOSUÉ LUIZ HENTZ (São João da Boa Vista, SP)

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Conflitos

Sabemos que os pontos explosivos capazes de comprometer o equilíbrio internacional e a paz mundial residem na política nuclear do Irã e na agressividade, inclusive no mesmo terreno, da Coreia do Norte, cujo conflito com a Coreia do Sul, no momento, recrudesce perigosamente. Nesse quadro, aos países ricos e aos novos ricos, caberia adotar procedimentos consensuais e únicos no âmbito da ONU, em benefício da humanidade.
O que se vê, no entanto, é a incongruência no trato desses temas, como se nota das divergências metodológicas entre Brasil e Estados Unidos. As negociações deveriam ocorrer, primeiro, entre os parceiros do bem, mas, ao que se depreende, a política internacional do governo brasileiro mal define o campo em que se encontra.

AMADEU ROBERTO GARRIDO DE PAULA (São Paulo, SP)

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Saúde

Gol de placa o editorial da Folha de 30/5, propondo oito metas para o desenvolvimento de nosso sistema nacional de saúde, o SUS.
Acrescentaríamos, ainda, a absolutamente necessária mudança na formação dos profissionais de saúde, especialmente os médicos, na direção dessas metas. Sem essa 'nona' meta, ousamos dizer que as demais tornam-se inviáveis.

DENIZI REIS e PAULO CAPUCCI (São Paulo, SP)

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Voto obrigatório

Lendo o "Painel do Leitor" de 31/5, deparei com a opinião do senhor Francisco Cláudio Tavares sobre o voto obrigatório. Em sua carta, ele afirma que o voto é um dever do cidadão brasileiro e que não existe correlação entre voto facultativo e melhoria dos partidos políticos, dos próprios políticos e da campanha eleitoral.
O que o senhor Francisco deixou de considerar em sua opinião é o fato de que, ao abolirmos o voto obrigatório, não mais fazemos com que uma grande parcela da população brasileira vá às urnas apenas para "cumprir tabela", ou seja, apenas aqueles que realmente estão interessados na política do país se sentiriam no dever de votar.
Apesar de, hipoteticamente, diminuir o número de eleitores, a adoção do voto facultativo também faz com que aqueles que votam analisem melhor seu candidato antes de chegar às urnas. Assim, desperta-se a consciência política nos eleitores brasileiros, o que levaria ao poder governantes que, assim como aqueles que os elegeram, se interessam mais no país que representam.
A relação estabelecida pelo senhor Francisco entre a adoção do voto facultativo e a abolição dos impostos também é, ao meu ver, equivocada. Pelo menos teoricamente, os impostos são feitos para melhorar a vida da população. Se isso não ocorre, a culpa mora nos inúmeros escândalos que vemos pipocar todos os dias, envolvendo os políticos que nós mesmos elegemos.
Assim, o voto facultativo também poderia nos encaminhar para o uso correto dos impostos e consequente melhoria da qualidade de vida do brasileiro, sem que seja preciso aboli-los.
O voto facultativo seria um grande passo para a política interna do Brasil, mas é necessário, como mencionado no editorial "Voto facultativo", um plebiscito que cuidasse dessa questão.

NATHÁLIA CALDEIRA DIAS (Valentim Gentil, SP)

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Previdência

Totalmente equivocado o artigo do 'doutor em economia', Roberto Luís Troster, publicado em 29/5. Aliás, equivocado não seria o termo, já que, como 'doutor em economia', certamente conhece os verdadeiros números da Previdência, divulgados pelo senador Paulo Paim e pela Associação Nacional dos Fiscais da Previdência (Anfip), que mostram superavit nas contas da Seguridade Social ano após ano.
O 'doutor' Roberto também deve conhecer o trabalho da sua colega, doutora Denise Gentil, economista da UFRJ, cujo título é 'A Farsa do Deficit da Previdência'. Mas é claro que não interessa a ele buscar esses números. Aumentos menores para aposentados e pensionistas sempre interessam ao seu grupo de trabalho, os bancos. Como ex-economista chefe da Febraban, sabe, como ninguém, que as aposentadorias e pensões baixas contribuem muito para que aposentados e pensionistas continuem clientes do rico filão dos empréstimos consignados e os trabalhadores que podem da previdência privada.

RÔMULO DE CARVALHO, diretor previdenciário da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Volta Redonda e da Federação das Associações de Aposentados do Estado do Rio de Janeiro; vice-presidente da Associação Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos e vice-presidente da Rede Iberoamericana de Associações de Aposentados e Pensionistas e Idosos (Volta Redonda, RJ)

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Ana Hickmann

Respondendo à indagação de Fernando de Barros e Silva, ao final do artigo em que comenta a entrevista de Ana Hickmann e seu sócio-marido, acredito que se trate mesmo de "evidências de nossa americanalhação". Tanto que, no dia seguinte à publicação da referida entrevista, no mesmo espaço da Ilustrada, a mulher-produto-de-tudo-isso ganhou mais uma nota (ou anúncio?) sobre seus futuros lançamentos comerciais. Quanto negócio!

ALINE SASAHARA (São Paulo, SP)

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Direito na USP

Concordo em parte com a carta da leitora Ana Rosa Bellodi ('Painel do Leitor', 30/5), sobre a polêmica envolvendo as salas da Faculdade de Direito da USP, que foram reformadas com recursos doados por ex-alunos.
Ressalto, apenas, que essa questão frívola criou ares de controvérsia por conta da intransigência das partes envolvidas, e está impedindo que a Faculdade do Largo de São Francisco possa inovar, ao mesmo tempo em que deve respeitar suas tradições acadêmicas.
Afinal, que problema há em se dar a essas salas o nome de antigos professores e, concomitantemente, colocar-se uma segunda placa, registrando que elas foram reformadas com recursos doados por ex-alunos? Não se faz isso por que um desses ex-alunos teria sido um banqueiro?
Vale lembrar que diversos professores do Largo de São Francisco serviram à ditadura militar e, mesmo atualmente, os juristas formados por essa instituição preferem ignorar o fato de que existem Constituições estaduais em nosso país e que várias delas foram desrespeitadas, por ocasião da aprovação da emenda da reeleição, em 1997, incluindo a Constituição de São Paulo, cujo art. 37 foi corrigido somente nove anos após a aprovação dessa emenda.
Querer que a história registre apenas o que nos agrada, ou interessa, também é uma medida autoritária, que foi muito utilizada por ditadores de direita e de esquerda, como Hitler e Stálin.

ANTONIO EDSON MARTINS (São Paulo, SP)

 
 

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