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Crise aérea
Atrasos e cancelamentos de vôos foram registrados com maior freqüência no país após o acidente com o vôo 1907 da Gol, em setembro de 2006. Em meio à crise aérea, os problemas ganharam força Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) após o acidente com o vôo 3054 da TAM, em julho último, que matou 199 pessoas em Congonhas. CPIs no Senado e na Câmara investigam a crise.Leia mais
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Estabelecido o embate – entre autoridades e controladores -, fatos outros foram tratados como de somenos importância ou mesmo deixados de lado nas investigações preliminares.
Não se justifica a pressa, mas se reconhece que a polícia e a justiça brasileiras sofreram pressões de todos os lados. Por um lado a sociedade brasileira cobrando resultados, e por outro a retenção dos passaportes e a custódia dos americanos, “em hotel cinco estrelas”, não era do agrado de todos, inclusive de parte da imprensa brasileira. Se envolvidos estivessem brasileiros em situação análoga à dos pilotos americanos nos Estados Unidos, certamente, aguardariam o desfecho dos acontecimentos em “Guantánamo”.
Disso tudo resultou um inquérito marcado de falha capital. Senão vejamos. Entre os passageiros do Legacy estava o jornalista (?) Joe Sharkey, que, se bem indagado foi, não vemos por que ao seu depoimento não se emprestou qualquer valor. Este senhor, ainda em solo brasileiro (em São José dos Campos), escreveu artigo para o NewYork Times, publicado no dia 03.10.2006, em que conta detalhes do desastre e se escala como principal testemunha do ocorrido. Seu “espontâneo” relato isenta de culpa os controladores. Portanto, presume-se, sem maiores esforços, obter-se-ia suas prestimosas informações.
Valemo-nos de trechos do retro mencionado artigo, traduzido por George El Khouri Andolfato, intitulado “Bem acima da Amazônia, uma batida e um céu vazio”, à disposição na Internet, para demonstrar que, se havidos como culpados forem os controladores de vôo (o que, num processo conduzido com lisura, não acreditamos que ocorra), a fatia de culpa que lhes caberá deverá ser a menor dentre todas, pois, conforme se apurou, o ânimo de auxiliar a aeronave Legacy foi sobejamente demonstrado; se não foi prestado foi por motivo alheio às vontades dos controladores. Não houvesse a colisão, só Deus sabe quando a torre de controle entraria em contato com o avião. Pergunta-se: seria correto o controlador se dedicar exclusivamente, a tentativas vãs, deixando ao desamparo outras aeronaves que poderiam eventualmente de seu socorro precisar?
“E a viagem até então tinha sido boa. Minutos antes da colisão, eu fui até a cabine para conversar com os pilotos, que disseram que o avião estava voando perfeitamente. Eu li o mostrador que apontava nossa altitude: 37 mil pés (11.277 metros)”. (grifo nosso).
Do quanto acima transcrito depreende-se a ocorrência de condutas irresponsáveis: primeiro, do Sr. Sharkey, que para satisfazer sua curiosidade levanta-se do seu assento e vai até a cabine distrair os pilotos do Legacy; e, segundo, do comando da aeronave que permite a ousadia. Conduziam os pilotos uma aeronave que para eles era novidade; não era um vôo inaugural; era um vôo experimental, já que (ficou evidenciado) não tinham familiaridade com o equipamento. Outrossim, tinham em mãos um plano de vôo que previa mudanças de altitude e, pelo tempo de vôo até aquele momento transcorrido, por serem experientes (v. trecho abaixo), deviam muito bem saber que aquele não era o momento para satisfazer a curiosidade do Sr. Sharkey, e sim de se prepararem para efetuar a manobra prevista. A permissividade dos pilotos foi por demais irresponsável. Teve o Sr. Sharkey acesso à leitura do altímetro. Ora, a leitura de altímetro numa cabine de uma aeronave de grande porte, por pessoa estranha, incomoda os pilotos, quanto mais numa cabine de um Legacy. Para tanto, pois, certamente, os pilotos se esquivaram para dar acesso ao passageiro. E não acreditamos que esse incômodo se deu só com relação ao altímetro. O painel de controle da aeronave foi vasculhado ao extremo. A presença do Sr. Sharkey na cabine de comando desviou a atenção dos pilotos na condução do avião. Não há como descartar a idéia de que, por cortesia, para responder as indagações do intrometido jornalista, tenham os pilotos baixado o volume ou mesmo desligado o rádio e, voluntária ou involuntariamente, desligado o “transponder”, e, também, deixado sem observância ocular o espaço à frente da aeronave.
“Posteriormente, naquela noite, eles nos serviram cerveja gelada e comida na base militar. Nós especulamos interminavelmente sobre o que causou o impacto. Um balão meteorológico desgarrado? Um caça militar cujo piloto ejetou? Um avião nas proximidades que explodiu, lançando destroços contra nós?” (grifo nosso).
Mau caráter! Foi o que provou ser o Sr. Sharkey. Num momento de pesar, sair com uma zombaria dessas! Para disfarçar que não tinha conhecimento do que ocorreu, levanta absurdas hipóteses: “Um caça militar cujo piloto ejetou?”. Ejetar a 11 mil metros? Mas nós estamos a todo momento dando motivos para que sujeitos como esse zombem da gente (já somos havidos como hipócritas além-fronteira). Desde o primeiro momento soube ele, mais do que os próprios pilotos, o que houve.
“Ambos os pilotos, com extensa experiência em jatos executivos, ficaram abalados com a situação. “Se alguém devia ter caído deveria ter sido a gente”, ficava repetindo Lepore, 42 anos, de Bay Shore, Nova York.”(grifo nosso).
“Paladino, 34 anos, de Westhampton, Nova York, mal conseguia falar. “Eu estou tentando digerir a perda de todas aquelas pessoas. Está realmente começando a doer”, ele disse.”
Cristalina confissão de culpa. Por mais altruísta que seja o piloto Joe Lepore, não concebemos que ele fizesse tal declaração, reiteradamente, sem que sentimento de culpa tivesse. Como ser humano lamentaria o ocorrido, mas nunca preferiria morrer no lugar dos ocupantes do avião da Gol, deixando viúva e órfãos. O mesmo raciocínio é aplicável ao quanto externou o piloto Jan Paladino.
“Os pilotos do 737 a caminho do sudeste avistaram nosso Legacy 600, que estava voando para noroeste rumo a Manaus, e fizeram uma manobra evasiva frenética. A asa do 737 – precipitando-se no espaço entre nossa asa e a cauda alta, atingiu-nos duas vezes, e o avião maior mergulhou em sua espiral fatal.” (grifo nosso).
“Eu posteriormente pensei que talvez o piloto do avião comercial brasileiro tenha salvo nossas vidas, devido ao seu reflexo rápido. Pena que seus próprios passageiros não poderiam dizer o mesmo”.
Está aí a motivação por que externamos, sem medo de errar, nossa convicção de que o Sr. Sharkey sabia mais do que ninguém o que tinha ocorrido em pleno ar, como também de que foi ele o pivô de todo o ocorrido. Debruçado entre as poltronas de comando, fazendo indagações sobre os instrumentos de navegação da aeronave Legacy, o intrometido jornalista distraiu os pilotos, ao ponto de não só fazê-los esquecer o plano de vôo, como também afastá-los do dever de vigilância do espaço aéreo por que navegava a aeronave.
Reconhece ele nos trechos do seu artigo supra transcrito que os comandantes do Boeing chegaram a fazer uma manobra evasiva, evitando um choque frontal entre as aeronaves. Pois bem, não estivesse ele desviando a atenção dos pilotos do Legacy - impedindo que os mesmos tivessem uma visão da trajetória do Boeing – não temos dúvidas de que eles, pela experiência e por estarem no controle de uma aeronave mais versátil, também não teriam dificuldades em manobrar o aparelho fugindo do choque. Estivessem eles atentos, com maior facilidade perceberiam a aproximação da outra aeronave, de dimensões muito maiores do que o Legacy. Mas só o Sr. Sharkey, por ato reflexo, percebeu a manobra evasiva do Boeing, pois só ele estava de frente para o pára-brisas do Legacy.
No seu artigo o Sr. Sharkey não deixa explícita sua culpa no evento, como assim deixaram os pilotos, conforme seu relato. Mas, como vimos nos nossos comentários, sua culpa não é de difícil aferição. Infere-se também sua culpa ao se observar seu comportamento quando chegou nos Estados Unidos. Lá ele botou as mangas de fora, mostrou o mau caráter que é. Não cansou de achincalhar o monitoramento do espaço aéreo brasileiro (que pode ser ruim, mas não deu causa ao acidente – o Legacy da ExcelAire não foi o primeiro avião a que foi determinada aquela rota: com certeza, aquele plano de vôo já foi cumprido em várias ocasiões e por diversas aeronaves sem qualquer incidente – infelizmente os controladores de vôo, sem outra alternativa para se defenderem, terminaram fornecendo uma justificativa para o jornalista-mau caráter), criticou as autoridades pela retenção dos passaportes e custódia dos pilotos, chegando a insinuar que foram vítimas de coação e maus tratos. Coisa de mau caráter!
Compreende-se a voracidade com que o jornalista ao chegar em território americano defendeu os pilotos. Foram eles permissivos para consigo. Não usaram da autoridade inerente ao posto de comando de uma aeronave para determinar que ele permanecesse no seu assento ou pelo menos afastado da cabine de comando naquele momento, pelo que, forçosamente, haverão de ser considerados os maiores culpados pelo acidente.
Não só o Sr. Sharkey e os pilotos sabem o que realmente motivou o desastre. Os demais passageiros sabem muito bem, não tanto quanto eles, mas sabem, sim. Não era de se esperar deles, é óbvio, que esclarecessem às autoridades brasileiras o ocorrido. Eram executivos (americanos) da Embraer e da ExcelAire – ótima cliente - a aeronaves custou US$25 milhoes. Apontados por eles os culpados, a responsabilidade indenizatória pela perda das 154 vidas recairia, sem maiores delongas, sobre a dona da aeronave.
Sentiu-se, pois, o jornalista na obrigação de, por ter sido o pivô e por gratidão, de tudo fazer para afastar dos pilotos a imputação da culpa pelo acidente.
É bem verdade que a sociedade brasileira tem se comportado de maneira que deixa transparecer ser de todo hipócrita. Somos, sim, extravagantemente tolerantes, o que de certo modo confunde-se com hipocrisia. Por isso o Sr. Sharkey certamente não viu muita dificuldade em convencer a opinião pública brasileira de que o acidente ocorreu em decorrência dos fatos que levianamente argüiu. Enganou-se, deveras. Não somos de todo hipócritas.
Mas, mesmo diante de tudo quanto aqui exposto, não nos afastamos do entendimento de que o acidente, que lamentavelmente ceifou 154 preciosas vidas, foi uma fatalidade. Não há como concebermos que dentre os envolvidos no desastre houvesse alguém que quisesse o catastrófico resultado ou assumisse o risco de produzi-lo.
Ubiratan Pires Ramos.
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1 - O Brasil não é um país sério;
2 - Como o militar não pode fazer greve, a administração não pode perder essa força de trabalho "escrava", sendo civil, os controladores no momento que os salários e a carga horária forem injusta, há "um cruzar de braços" deixando em pânico o controle do trafego, ora pois,pois, o governo por mais estúpido que seja( como o nosso) não permitiria isso.
3 - A aviação militar deveria ser controlado por militares em aeroportos militares(Base Aéreas), como a roubalheira não permiti nem a manutenção dos aeroportos civis, imagine abrir novos aeroportos militares.
Se observarem as forças armadas estão sucateadas, existem unidades militares no Brasil que só estão funcionando na "unha" . Para que cinco ou seis unidades militares dentro de uma capital (e todas quebradas), junte todas em uma só (mais eficaz), venda os terrenos, com o dinheiro construa novas unidades nas fronteiras, transfira para essas novas unidades o pessoal excedente da unificação, priorize o trabalho contra o trafico de drogas e armas, acabando assim 80% da violêcia nos principais centros(Rio e São Paulo).
Para que serve varias unidades "capengas" se pode haver poucas mais funcionais.
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Digo isso, porque se fossem patriotas, estariam preocupados com o risco eminente de surgir um Hugo Chaves por aqui e desgraçar o resto.
Aos mal informados que falam daquela época, sem a terem vivido e eu só tenho 45 anos hoje, digo que como trabalhador, estudante e farrista de final de semana, nunca me faltou liberdade para absolutamente nada. Faltou liberdade, sim para os desocupados da época que hoje estão no poder, fazendo o que podemos apreciar todos os dias.
Prefiriria por exemplo, o Castelo Branco, o Médici, o Geisel e o Figueiredo juntos, a um único Renan Calheiros. Eu não me envergonhava de ser governado por eles.
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Durmamos em paz, a justiça foi feita.
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Cite para nós algum lugar no mundo em que militares deu certo administrando alguma coisa, nem as guerras
eles sabem administrar como em 45 com os alemaes e japoneses e o Brasil contra o infeliz Paraguai ou a sra. prefere o Chaves, o ditador ou o do chapolim.
bem melhor.
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Neste vôo de volta eu já estava bastante tranquilo, e estava sentado do lado esquerdo bem na frente da turbina esquerda. Quando a rotação aumentou e o avião começou a ganhar altitude rápido o coração foi a mil por hora. Enfim, a sensação não foi das mais agradáveis, mas parabéns ao piloto que preferiu fazer o pouso com segurança.
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