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Economia
30/10/2003
País cai para 54.º no ranking de competitividade

GENEBRA - Apesar de o governo afirmar que o Brasil conseguiu atravessar as turbulências financeiras do final de 2002, a competitividade do País sofreu uma queda, segundo o ranking publicado pelo Fórum Econômico Mundial, com sede em Genebra, por causa, principalmente, da dificuldade de acesso a financiamento e da elevada taxa de juros. O ranking, composto por 102 países, é montado pelo WEF levando em conta um série de fatores como ambiente macroeconômico, qualidade das instituições e o estágio da tecnologia e da infra-estrutura.

Segundo a entidade, o Brasil passou de 52.º no ranking de competitividade, em 2002, para 54.º. Entre os latino-americanos, El Salvador, Uruguai, México e Trinidad e Tobago conseguiram melhor avaliação do que o Brasil. Na região, o Chile foi o mais bem colocado: 28.º, por causa do potencial de crescimento econômico durável à médio e longo prazo. Segundo explicações do Fórum, o Chile se distancia do resto da região em crise e se aproxima das economias mais competitivas do mundo. No topo da lista está a Finlândia, seguida dos Estados Unidos, Suécia e Dinamarca.

Segundo a avaliação, o maior problema enfrentado pelo Brasil é a falta de acesso a financiamentos por parte das empresas. Entre os 102 avaliados, o Brasil ficou na 100.ª posição no que se refere às taxas de juros em 2002.

No geral, as questões macroeconômicas isoladas deixariam o País na 75.ª posição, caso outros elementos não fossem considerados. Impostos e ineficiência da burocracia também são problemas indicados pelo relatório que estariam prejudicando a competitividade do país. Outro critério que contribuiu para a queda no ranking é o que se refere ao crime organizado.

Dos 102 países avaliados, o Brasil ficou na 85.ª posição nesse item.

Negócios
Apesar do desempenho sofrível e de ter sido superado por economias como a da Namíbia, Tunísia, Ilhas Maurício e Botsuana, o Brasil aparece bem posicionado no índice de competitividade de negócios, que mede a produtividade das empresas e o clima para investimentos. Nesse ranking, o País conseguiu a 34.ª posição. Outra boa posição foi obtida no índice sobre a sofisticação das empresas, no qual o Brasil aparece em 30.º lugar.

Em termos tecnológicos, o Brasil está em 35.º lugar e, no ranking de investimentos externos, o País é o 8.º colocado. Mas a melhor posição obtida pelo Brasil foi no cálculo sobre o câmbio. A desvalorização do real em 2002 colocou o País na 3.ª posição em termos de competitividade relacionada à moeda, o que ajudou a evitar uma queda ainda maior no ranking geral.

 

JAMIL CHADE
Correspondente do jornal O Estado de S. Paulo

   
 
 
 

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