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Veja top 10 de séries lançadas em 2022

Edição da newsletter fez listas das preferidas do ano que acaba

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São Paulo

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Top 10 de séries 2022

Antes de ver o top 10, saiba também que este mesmo escriba não viu nem metade do que foi lançado, incluindo séries importantes, como "Better Call Saul", "Hacks" e "Stranger Things". Portanto, a lista abaixo beira uma barca furada (mas é a minha barca furada).

10º - Lakers: Hora de Vencer

Na virada dos anos 1980, a NBA estava bem longe de ser uma das principais ligas do mundo. Tudo começou a mudar com a rivalidade que se desenhou naquela década, entre Boston Celtics e Los Angeles Lakers. A série é contada sob o ponto de vista dos Lakers, com o proprietário Jerry Buss (John C. Reilly), uma espécie de Hugh Hefner do esporte, e o novato Magic Johnson (Quincy Isaiah) dividindo o protagonismo. Mas há ainda ótimas figuras de apoio, como o ainda assistente técnico Pat Riley (Adrien Brody) e a executiva Claire (Gaby Hoffmann), que enfrenta o machismo vigente. Com muito sarcasmo, a trama tem a assinatura de Adam McKay ("Não Olhe para Cima" e "Vice"). Leia a crítica na Folha.

Disponível na HBO Max (10 episódios)

9º - Andor

Provavelmente "Andor" era a série menos aguardada pelos fãs do universo "Star Wars". Afinal, antes dela estavam programadas "Obi-Wan Kenobi", com o carismático Ewan McGregor de volta ao papel-título, e "O Livro de Boba Fett" (que estreou praticamente na virada do ano). No entanto, a primeira desperdiçou o talento de McGregor e a segunda foi simplesmente chata. Assim, coube ao valente Cassian Andor (Diego Luna) restaurar o nosso amor pela Força (sem Jedis) —como já tinha feito "Rogue One" nos cinemas, no qual Luna contracena com Felicity Jones. Aqui, a história é mais pé no chão e menos fantasiosa, e bem distante das guerras nas estrelas. Acompanhamos a origem do personagem de Andor, que passa de um ladrão cínico com a política a um importante agente da Aliança Rebelde. A segunda temporada está garantida. Leia a crítica da série na Folha.

Disponível na Disney+ (12 episódios)

8º - The White Lotus - 2ª Temporada

Algumas minisséries nascem tão bem acabadas que esticá-las em nome da audiência (e dinheiro) parece pecado, como a desnecessária segunda temporada de "Big Little Lies". Ok, "White Lotus" 2 não é tão bom como a 1, mas um novo check in será recompensado. Desta vez, a ação se passa em outra unidade do resort de luxo, em uma paradisíaca locação no sul da Itália. É lá que personagens ricos e fúteis passam uma semana de gastança, excessos e algum mistério. Como na primeira temporada, a trama começa com um corpo sendo encontrado, sem a revelação da vítima ou do assassino. Então, voltamos uma semana para entender o que se passou até o crime. Um dos melhores personagens da primeira temporada, Jennifer Coolidge está de volta como a carente Tanya. Mas quem rouba a cena desta vez é Aubrey Plaza, como uma advogada que tenta se adaptar aos amigos ricos do marido, que acabou de mudar de status social. Leia as críticas de Luciana Coelho e de Maurício Stycer.

Disponível na HBO Max (2ª temporada, 7 episódios)

7º - Black Bird

A história tão inusitada nem parece inspirada em um caso real, mas é. Jimmy, um traficante boa-pinta e de boa lábia, é detido e condenado a dez anos de prisão. No início de sua sentença, recebe uma proposta que pode anular a pena: fazer um homem confessar a localização de onde estão enterradas algumas de suas supostas vítimas, todas jovens crianças ou adolescentes. Supostas porque a sua prisão pode ser anulada no tribunal de apelações —seu advogado alega que a confissão foi feita sob coerção policial. Isso significa também que Jimmy tem pouco tempo para ganhar a confiança (e confissão) do tal serial killer. Apesar de só se encontrarem no terceiro dos seis episódios, o grande mérito da minissérie está no duelo (ou parceria) de atuações de Taron Egerton ("Rocketman"), como Jimmy, e Paul Walter Hauser ("O Caso Richard Jewell"), o homem que precisa confessar. Com sua voz suave e porte nada ameaçador, gordinho e de grandes costeletas, Hauser dá show com uma interpretação sutil. Quem assina como criador da série é o roteirista Dennis Lehane, do ótimo policial oscarizado "Sobre Meninos e Lobos". Leia a crítica de Luciana Coelho.

Disponível na Apple TV+ (6 episódios)

6º - A Cidade É Nossa

Fãs da cult "The Wire" (também na HBO Max) devem gostar desta minissérie policial. Adaptação do livro de Justin Fenton, por sua vez Inspirada em uma história real, a produção mostra o combate à corrupção policial em Baltimore (cidade de "The Wire"). De forma não linear, a série vai apresentando o emaranhado de personagens e suas ligações, focando mais no violento sargento Wayne Jenkins (Jon Bernthal), desde sua entrada na polícia até o período em que ele se transforma no chefe de uma força especial para apreender armas. No entanto, mais do que a ação de um policial ou de um grupo, a série cristaliza um comportamento sistêmico da polícia. Leia a crítica da série na Folha.

Disponível no HBO Max (6 episódios)

5º - A Casa do Dragão

Começou devagar e sob olhares de desconfiança esta primeira série derivada de "Game of Thrones", um dos grande sucessos da história da televisão (apesar da última temporada). Mas, aos poucos, os fãs do universo criado por G.R.R. Martin se acostumaram com os novos personagens da saga, sempre sedentos para sentar no desconfortável trono de ferro. O ritmo é bem mais acelerado do que em GoT. O que demoraria uns três anos para se desenvolver por lá é resolvido em dois episódios no reino dominado pela família Targaryen (dá um pouco de saudade da jornada dos Starks). Mas "A Casa do Dragão" sobreviveu ao fogo cruzado e a segunda temporada deve pegar no breu, com personagens mais conhecidos e a rainha Rhaenyra (Emma d’Arcy) soltando fogo pelas ventas a julgar pelo seu olhar no fim do último episódio. Vai ser dracarys saindo pelo ladrão. Leia crítica da série na Folha.

Disponível na HBO Max (10 episódios)

4º - Abbott Elementary

Como acontece com Jason Sudeikis em "Ted Lasso" (e guardada todas as diferenças), "Abbott Elementary" tem uma protagonista com altas doses de otimismo, beirando a ingenuidade, cercada por personagens carismáticos/excêntricos. Ah, e também tem a protagonista assinando como criadora e roteirista, no caso, Quinta Brunson, que interpreta a professora Janine Teagues. Ela é a docente do segundo ano do fundamental de uma escola precarizada na Filadélfia, com praticamente todos os alunos (e profissionais) negros. A professora lida com a falta de estrutura da escola e com o descaso da engraçada diretora Ava (Janelle James), mais preocupada com seus vídeos no TikTok. A divertida série, com episódios curtos, também guarda semelhanças com "The Office", com os personagens falando com uma suposta equipe que documenta o que está acontecendo na escola. A segunda temporada estreou faz tempo na TV americana. Mas o Star+, que exibe a série no Brasil, não prima pela velocidade. Leia a crítica da série na Folha.

Disponível no Star+ (13 episódios)

Cartaz de divulgação de série
Cartaz de divulgação da série Abbot Elementary' - Divulgação

3º - Ozark - 4ª Temporada

Logo no começo de 2022 estreou a primeira parte do desfecho da série protagonizada pelo casal bonzinho mais malvado que já passou pelo streaming, ou vice-versa, Marty e Wendy Byrde (Jason Bateman e Laura Linney). Meses depois, veio a segunda parte, transformando a quarta temporada em um grand finale de 14 episódios. Cuidado, spoilers adiante para quem não viu nada. O programa recomeça exatamente de onde a terceira temporada termina, com a advogada do cartel levando um tiro na cabeça e espalhando seus miolos pelo casal Byrde, que continua o preferido da máfia para lavar o dinheiro do tráfico. Desta vez, acabaram os intermediários e o chefão mexicano Omar Navarro lida diretamente com Marty e Wendy. Mas quem volta a roubar a cena é a ótima Julia Garner, como Ruth, que inesperadamente ganha mais poder para desafiar o resto da bandidagem que flutua na bela região de Ozark. Leia a crítica da série na Folha.

Disponível na Netflix (4ª temporada, 14 episódios)

2º - Ruptura

"Ruptura" é a série mais esquisita do ano. É também a mais original. A trama acompanha funcionários de uma empresa que conseguiu criar uma tecnologia capaz de separar as memórias do cérebro ligadas ao trabalho e à vida pessoal. Assim, o sujeito chega em casa e curte o cotidiano sem ter nenhuma ideia dos problemas ou questões do serviço. O que parece incrível, no entanto, começa a demonstrar problemas, principalmente na figura de Mark (Adam Scott), que se submeteu aos procedimentos da firma para esquecer (nem que seja por pouco tempo) as memórias da mulher, que morreu há pouco tempo. "Ruptura", dirigida pelo comediante Ben Stiller, é uma série dos tempos pós-pandêmicos, com discussões sobre saúde mental e burnout. Leia reportagem na Folha.

Disponível na Apple TV+ (10 episódios)

1º - O Urso

A ótima série "O Urso" reacende uma nova/velha discussão: comédia ou drama? Ela está indicada ao Globo de Ouro como série cômica, mas ainda que tenha pitadas de um humor nervoso, este escriba a classificaria como drama. Começa já com o chef Carmy (Jeremy Allen White, ótimo) deixando a carreira em prestigiados restaurantes de lado para assumir a lanchonete tradicional, porém disfuncional, que o irmão tocava no coração de Chicago. Mas o irmão se matou; assim, Carmy tenta fazer o lugar funcionar ao lado do irritadiço primo e de uma equipe sem muita habilidade, reforçada pela novata Sydney (Ayo Edebiri). Ao longo da série, outros problemas de Carmy são revelados aos poucos. Com ótima trilha sonora e ritmo frenético, principalmente nas cenas da cozinha, é dessas séries rápidas de maratonar, com episódios de meia horinha. Leia a crítica de Luciana Coelho.

Disponível no Star+ (8 episódios)

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