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Internet
ganha confiança da "geração de desconfiados"
A Internet ainda é um luxo para a população
brasileira. Não atinge sequer 4% das pessoas. Mas virou
material escolar rotineiro para os universitários da
cidade de São Paulo, acessada por 82% dos estudantes.
Nas áreas de exatas, a média é ainda
mais alta: 89%. Usa-se, basicamente, para informação
e estudo, apenas em terceiro lugar aparece a diversão.
A revelação está em pesquisa patrocinada
pela Bovespa e Associação Comercial de São
Paulo, com estudantes de 27 faculdades públicas e privadas,
buscando o perfil do universitário da cidade, para
saber seus planos profissionais, valores e crenças
_ a última pesquisa sobre esse perfil ocorreu em 1988.
A Internet se encaixa no projeto de vida dos universitários,
encarada como recurso indispensável para o progresso
acadêmico e, em especial, profissional.
A atual geração aposta que terá de estudar
sempre, atualizando-se permanente, caso deseje manter ou melhorar
no emprego. Ou tocar seu próprio negócio.
Ao contrário do levantamento de 1988, a maioria, hoje,
quer abrir seu próprio negócio, não depender
de patrão. Quer virar patrão.
É uma geração desconfiada. Desconfia
dos meios de comunicação (sensacionalistas,
dizem), das ideologias, dos partidos, dos políticos
e da Justiça.
Duvida que o Brasil será um país desenvolvido;
94% dizem que o país está em crise.
Confia-se, porém, em Deus. Em 1988, 76% acreditavam
em Deus; agora, 88%.
Reflexo do aumento da crença religiosa, 50% acreditam
em reencarnação.
A única crença sólida para essa geração,
segundo a pesquisa, é estudar e trabalhar duro. Não
é apenas o melhor, mas o único caminho para
prosperar, já que não pode confiar nas forças
terrenas.
Leia
mais:
Confira
os resultados da pesquisa Perfil do Jovem Universitário
Paulistano 2000
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