O jornalista Melchiades Filho é editor do caderno Esporte
desde 93. Sua carreira na Folha começou em 87, como repórter
de economia. Foi redator e editor-adjunto de Exterior, correspondente
em Washington e redator da Primeira Página. Escreve sua coluna
no caderno Esporte às terças-feiras e estreou, em outubro
de 99, no quadro de avaliação de restaurantes do Guia da Folha
SP, que circula às sextas.
O dirigente do basquete paulista abriu um tiroteio institucional
ao refutar os que vislumbram a hegemonia carioca no esporte. Qualificou
os Estaduais fluminenses de previsíveis, chamou o Paraná/Mangueira
de “time de aluguel”, lembrou que São Paulo também tem cinco medalhistas
de bronze e exaltou o domínio paulista nas categorias de base. Ok,
ok, ok e ok. Mas faltou esclarecer que a previsibilidade acompanhou
o Paulista feminino ao longo de toda a era Hortência/Paula (e a
FPB jamais abriu o bico), que o Paraná foi campeão paulista em 1999
por Carapicuíba (em uma “iniciativa social” exaltada por Chakmati
e colegas), que entre as cinco medalhistas que jogam em São Paulo
não há nenhuma titular da seleção (contra três que atuam no Rio)
e que a força das categorias de base ainda é fruto de uma estrutura
que está sendo dilapidada por cima (dá para apostar na renovação
se as perspectivas de profissionalização são cada vez menores?).