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trabalho
31/10/2003
Greve se espalha pelo interior de SP

A greve que atinge há dois dias as montadoras do Estado de São Paulo deve contar hoje com a adesão de mais 20 mil metalúrgicos de 12 regiões do interior e pode chegar a 40 mil funcionários.

A paralisação nas montadoras será julgada pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) na próxima terça-feira, após audiência de conciliação na Justiça do Trabalho, pedida pelo Sinfavea (sindicato dos fabricantes de veículos), terminar ontem sem acordo.

Na Scania, em São Bernardo do Campo, a greve -que deixou a produção parada por dois dias- acabou ontem à tarde, após os empregados aceitarem proposta que prevê 18,01% de reajuste -15,7% de reposição e 2% de aumento real para quem ganha até R$ 5.000. Acima desse valor, o reajuste será fixo de R$ 785.

Na Volks de São Bernardo do Campo, os 14,8 mil funcionários estão parados há três dias. Cerca de 950 veículos deixam de ser produzidos por dia. Na Ford, houve paralisação parcial de 2.500 empregados por cerca de duas horas.

Na DaimlerChrysler (Mercedes-Benz), 1.500 operários do setor de motores mantêm os braços cruzados desde terça-feira.

O protesto no interior paulista, previsto para durar um dia, ocorrerá em fábricas de quatro setores patronais -Grupo 9 (máquinas e eletroeletrônicos), Grupo 3 (autopeças, forjarias e parafusos), Grupo 10 (trefilação, estamparia e lâmpadas) e fundição.

O impasse nas negociações levou os trabalhadores a decidirem ampliar a greve, informou a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT. Os sindicalistas rejeitaram proposta de alguns setores que oferecem reajuste parcelado -de 11%- para quem ganha até R$ 2.500. Para salários superiores, o reajuste seria fixo de R$ 275 em novembro e R$ 129 em janeiro.

A Volks de Taubaté (130 km de SP) decidiu conceder licença remunerada para os 6.500 funcionários da unidade devido à falta de peças causada pelas greves nas unidades do ABC e de São Carlos.

Na GM (General Motors) de São José dos Campos, os trabalhadores paralisaram a produção da fábrica por quatro horas ontem.

Força Sindical
A falta de acordo também levou os metalúrgicos da Força Sindical a marcarem greve, a partir da próxima segunda-feira, em 26 empresas. Cerca de 100 mil trabalhadores do ramo químico também ameaçam entrar em greve na próxima semana. Os químicos pedem 20% de reajuste e aumento real, e o setor patronal ofereceu 14% para quem ganha até R$ 4.000. Acima dessa faixa, parcela fixa de R$ 560.


CLAUDIA ROLLI
Da Folha de S. Paulo

   
 
 
 

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