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prejuízo
31/10/2003
Sabesp cobra por ar no cano, dizem usuários

Bolhas de ar nos canos de água estão deixando os moradores das regiões afetadas pelo racionamento do Sistema Cotia preocupados com as contas de água. No Embu, na Grande SP, as bolhas fazem os ponteiros dos registros de água girarem indicando maior consumo que o real. Segundo a Sabesp, o movimento é normal. Mas os moradores suspeitam que pagam pelo que não consomem.

A casa do mecânico Vilmar Perosa, de 50 anos, fica na periferia do Embu, e por isso está recebendo água com intervalos de 36 horas. Às vezes, até duas horas antes da chegada da água, o ponteiro do registro começa a girar marcando a entrada no líquido, mesmo com as torneiras secas. Isso acontece porque, quando o fornecimento é retomado, a água empurra o ar que está na tubulação da Sabesp. Os registros de água das casas são forçados pelo gás e acabam marcando a entrada do ar como se fosse água.

“Não é justo você pagar por alguma coisa que não usou”, disse o mecânico. Geraldo Nunes Costa, dono de uma venda, tem a mesma preocupação, e por isso desenvolveu uma tática: fechar o registro quando a água acaba e reabri-lo horas depois do horário previsto para a retomada do fornecimento.

A técnica é usada por parte das lanchonetes e restaurantes do centro do Embu. Mauro Boava de Oliveira, funcionário de um desses restaurantes se queixa também de que a água chega com cheiro quando o fornecimento é reestabelecido. “Estamos usando água mineral para cozinhar”, disse.

O prefeito do Embu, Geraldo Leite da Cruz, disse ter encomendado estudos para municipalizar o fornecimento de água a partir de 2005, devido aos problemas de abastecimento. Segundo ele, o racionamento está deixando alguns bairros até 50 horas seguidas sem água.

Segundo Lineu Andrade de Almeida, superintendente da Unidade de Negócio Sul da Sabesp, as bolhas de ar na tubulação são normais e não aumentam a conta de água. Da mesma forma que o registro marca a passagem do ar dos canos da Sabesp para a caixa d'água das casas — quando a água é religada —, ele registra o fluxo inverso do gás quando o fornecimento é cortado, segundo ele. Assim, o consumidor não sairia perdendo, pois a conta ficaria equilibrada. Segundo ele, o volume das bolhas de ar é de cerca de 7 litros em cada casa.

 

As informações são do jornal Diário de S. Paulo.

   
 
 
 

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