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A maravilhosa pedagogia da bola

Quando se escrever a história da educação para a cidadania no Brasil, um capítulo terá de ser reservado para as comissões de inquérito que estão investigando, na Câmara e no Senado, os mistérios e mazelas futebol.

É uma tarefa árdua disseminar a simples e elementar idéia de que todos são iguais diante da lei, base do que se chama Estado de Direito. Mais difícil ainda é explicar como funcionam os poderes, orientados pela democracia.

A visão generalizada é de que todos são corruptos e impunes, alimentando a descrença da lei e, por tabela, da democracia.

Vive-se um período de despolitização acelerada. Político e ladrão são sinônimos. O exagero é obviamente é uma impropriedade, combinação de histeria e ignorância, embora não faltem razões (muitas razões) para desalento com a vida pública.

As CPIs do Futebol, que investigam da sonegação ao acordo Nike/CBF, colocaram no banco dos réus estrelas da cartolagem, técnicos e jogadores, misturaram os noticiários esportivos e político, e produziram a sensação de que, nem sempre, a impunidade pode ser a regra.

O cotidiano da política, em especial, do Congresso, cai na boca do povo, assunto de bar. Nessa rudimentar pedagogia, as pessoas aprendem que o Parlamento tem o papel de fiscalização e, se quiser, investigar o acusado, entrando em suas contas bancárias e até telefônicas.

Quando os cartolas, sinônimos, no mundo esportivo, de arrogância e impunidade, são vistos sentados, humildes, acuados diante das perguntas, os brasileiros são estimulados a pensar que, talvez, quem sabe, alguma coisa mudou ou pode mudar; que, talvez, quem sabe, assim como em qualquer atividade humana, os sérios e os desonestos.

Ao se transmitir a sensação de que não se deve descartar o poder de intermediação - o Congresso, os partidos, os políticos - ensina-se que democracia é, antes de mais nada, um pacto de respeito com quem a representação eleita democraticamente.

 

 
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