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Paulo Renato anuncia amanhã faculdades que devem ser fechadas
O
ministro da Educação, Paulo Renato Souza, informou
a esta coluna que amanhã vai propor ao Conselho Nacional
de Educação o fechamento de três faculdades
de medicina sem condições de funcionamento.
As três
faculdades a serem banidas fazem parte de uma lista de 21
faculdades de medicina que, reprovadas no provão, ano
passado, não conseguiram acatar as recomendações
de especialistas e melhorar o curso.
É
a primeira leva de propostas do Ministério da Educação
para a punição de cursos superiores avaliados
pelo provão. Se não se consegue fechar as portas
de cursos que formam médicos despreparados, ameaçando
a saúde pública, nada mais será fechado.
Mais um exemplo de impunidade _ e, desta vez, abatendo a imagem
do ministro e, por tabela, mais um tiro na credibilidade do
presidente Fernando Henrique Cardoso.
Está
em jogo, agora, a credibilidade do provão, implantado
a duras penas, com resistências de estudantes e professores.
"Se
não fecharmos faculdades que não prestam, sem
condições de funcionar, o provão está
desmoralizado, ninguém mais respeita", afirma
o ministro.
E com
razão. Com todos os seus defeitos, o provão
conseguiu acuar donos de faculdades e mesmo diretores de cursos
de instituições públicas. O que se viu
é uma reação, com escolas tentando melhorar
a oferta de serviços por uma questão de sobrevivência
no mercado educacional.
Várias
faculdades, com notas baixas, entraram na lista negra, mas,
por enquanto, sobrevivem e trazem a suspeita de que a lei
não é para valer, apenas encenação.
A partir
de amanhã, Paulo Renato vai ter a chance (ou não)
para mostrar que o governo não aceita as fábricas
de diploma, uma das pragas da educação nacional.
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