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Em sabatina Folha/UOL, Benedita diz que aliança do PT com Sérgio Cabral rendeu benefícios à população

Candidata à prefeitura diz que Rio recebeu programas sociais de Lula por causa de parceria com ex-governador, hoje preso

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São Paulo | UOL

Benedita da Silva, candidata do PT à Prefeitura do Rio de Janeiro, afirmou não se arrepender da aliança de seu partido com o ex-governador Sérgio Cabral (MDB).

Para ela, que comandou a Secretaria de Ação Social e Direitos Humanos no primeiro mandato de Cabral (2007-2010), a aliança permitiu que o estado fosse beneficiado por programas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Essa aliança foi importante para o estado e para a cidade do Rio. Como ninguém governa sozinho, é lógico que nós tivemos aqui o Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, obras do PAC, abrimos Clínicas da Família com recursos do governo federal. É desse projeto que nós fizemos parte e não tem que se arrepender de fazer e trazer benefícios para a população", disse a candidata em sabatina conduzida por Silvia Ribeiro, editora do UOL, e Catia Seabra, repórter da Folha.

Questionada sobre as condenações de Sérgio Cabral por corrupção —que já ultrapassam 300 anos de prisão—, Benedita, que governou o estado do Rio por oito meses em 2002, procurou distanciar a política de alianças do PT dos crimes de Cabral. E defendeu a manutenção de alianças estratégias.

"Quando nós fizemos aliança, nós fazemos aliança partidária, não fazemos aliança com pessoas. E se algum desvio de conduta possa ter, em qualquer que seja o gestor ou gestora, é de responsabilidade da pessoa. Nós não vamos deixar de fazer política de aliança, partidárias, estratégica, para o Brasil. Como a gente vai criar uma frente para o Brasil? Como a gente vai sair desse caos do Brasil?", questionou a petista.

Para a candidata, não é por meio de "um messias ou pura e simplesmente de um único partido político que se consegue fazer as mudanças e as inclusões necessárias".

Segundo Benedita, "Lula foi o melhor presidente do Brasil, que não olhou para sigla partidária de nenhum estado, de nenhum município".

Questionada sobre se o PT errou em gestões anteriores, Benedita afirmou que "só erra quem faz". "Quem não faz, não erra. E depende também de quem julga o erro. Então, é importante dizer que não existe uma perfeição. Mas que existe um desejo, uma vontade."

Ela ainda falou sobre "injustiças" anteriores com o partido, e que a população está com "saudade do governo petista". "Minha gente, nós vamos ganhar essas eleições, e não só aqui na cidade do Rio de Janeiro, não. Vamos ganhar pelo Brasil afora, o povo está com saudade de governo de Lula."

Benedita afirmou que sua candidatura representa "o que tem de mais novo no PT". "É a melhor proposta do PT, que é o fortalecimento da esquerda, uma política de aliança. (...) O Partido dos Trabalhadores, que já governou esse país, precisa também governar a cidade do Rio de Janeiro, e é por isso que estou candidata, e acredito que teremos o apoio da população."

Benedita defendeu as gestões do PT, dizendo que "foi o PT que cuidou de tirar [as pessoas] da miséria, que cuidou da saúde, cuidou da educação, de cotas".

"Eu poderia, aqui, ter um desfile de ações as quais a população da cidade do Rio de Janeiro está perdendo por conta do seu gestor, e não por conta do Partido do Trabalhadores", disse a petista.

Questionada sobre qual a responsabilidade do PT na persistência da pobreza no Rio atualmente, a candidata afirmou que isso "não tem nada a ver com o PT".

"Quem é que está fazendo o maior retrocesso naquilo que o povo brasileiro conquistou, que o estado conquistou, que a cidade conquistou? Não é governo do PT, não é de Lula, não é de Dilma", disse.

"Quem é que está governando essa cidade, minha gente? Não tem nada a ver com o PT", falou.

A cidade do Rio de Janeiro é governada atualmente pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), candidato à reeleição com apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Sabatinas

A Folha e o UOL estão sabatinando candidatos à prefeitura das principais capitais do país.

Já foram entrevistados, de São Paulo, Joice Hasselmann (PSL), Marina Helou (Rede), Antônio Carlos (PCO), Levy Fidelix (PRTB), Orlando Silva (PC do B), Vera Lúcia (PSTU), Andrea Matarazzo (PSD), Jilmar Tatto (PT), Arthur do Val (Patriota), Márcio França (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL).

Do Rio de Janeiro, além de Benedita, já passaram pela sabatina Glória Heloiza (PSC), Clarissa Garotinho (PROS), Renata Souza (PSOL), Martha Rocha (PDT) e Bandeira de Mello (Rede).

No Recife, foram entrevistados João Campos (PSB), Marília Arraes (PT), Patrícia Domingos (Podemos) e Mendonça Filho (DEM).

Dos candidatos em Belo Horizonte, foram sabatinados Áurea Carolina (PSOL), Alexandre Kalil (PSD), Bruno Engler (PRTB) e João Vítor Xavier (Cidadania).

De Salvador, Major Denice (PT), Olívia Santana (PC do B), Pastor Sargento Isidório (Avante) e Bruno Reis (DEM) já foram entrevistados.

Em Curitiba, falaram Fernando Francischini (PSL), João Arruda (MDB), Goura (PDT) e Rafael Greca (DEM).

De Porto Alegre, foram entrevistados Manuela D'Ávila (PC do B), José Fortunati (PTB), Juliana Brizola (PDT), Fernanda Melchionna (PSOL), Nelson Marchezan Jr (PSDB), Sebastião Melo (MDB) e Gustavo Paim (PP).

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