Experimentalismo de Isabela Raposeiras faz valer a ida ao Coffee Lab

MELHOR CAFÉ - JÚRI

Minha relação com o café sempre foi baseada no princípio "cafeína = menos sono". Toda manhã, a cafeteira despertava comigo, com muito pó e duas toneladas de açúcar.

Mas no meio do caminho apareceu a gastrite. Uma crise aguda me tirou o café. Aos poucos, a bebida foi permitida, mas sem adoçar. Fiz alguns testes, torci o nariz e, com o tempo, comecei a me acostumar.

No meio desse processo, fui escalada para visitar o Coffee Lab, uma cafeteria para quem realmente gosta de café, com uma variedade de pós e grãos em suas mesinhas simpáticas.

Para mergulhar na experiência, provei dois dos rituais da barista Isabela Raposeiras: o Bourbon Vermelho e o Catuaí 81 —ambos preparados na Aeropress. E sem açúcar. Fui orientada a reparar na doçura, na acidez e no aroma de cada um. E não é que tem diferença?

Testei ainda o ritual do cappuccino, que coloca lado a lado a bebida a que nos acostumamos no Brasil e a idealizada pelos italianos. No segundo, o leite era cremoso e doce, e o açúcar não fez falta. A temperatura estava no ponto certo, já que o leite não é fervido.

Para acompanhar, fatias de brioche com requeijão, manteiga, geleia e mel. Simples, mas eficiente. E uma riqueza de café nunca antes vista por esta vítima —e beneficiária— da gastrite. Aceite a sugestão: vá ao Coffee Lab e aprenda a gostar de café.

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COFFEE LAB
R. Fradique Coutinho, 1.340, Pinheiros. Telefone: 3375-7400.

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