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Insegurança privada

Depois de um condomínio de luxo, um hotel de cinco estrelas (Intercontinental), localizado na zona nobre dos Jardins, em São Paulo, foi assaltado por uma quadrilha organizada - todos esses locais estavam protegidos por seguranças privadas.

O secretário de Segurança, Marco Vinicio Petrelluzzi, informa a esta coluna que o assalto a esse tipo de local, fortemente protegido por empresas privadas, não é um fato isolado, mas uma tendência no crime organizado.

"Pouco podemos fazer, difícil prevenir esse tipo de crime. Não posso colocar um policial em frente a cada condomínio ou hotel de luxo", justifica.

A explicação da polícia: as quadrilhas estariam procurando outro "nicho de mercado" porque se tornou mais difícil atacar bancos e supermercados, dois segmentos que, vítimas de frequentes assaltos, aprenderam a se defender melhor.

Ao tentar entender a tendência, a polícia oferece uma visão que mostra até onde vai o clima de insegurança na cidade _ os policiais suspeitam existir canais de informação entre seguranças privadas e as quadrilhas.

"Suspeitamos que as quadrilhas infiltram marginais nas empresas de segurança e, assim, garantem aliados para suas operações", afirma Petrelluzzi.

Cabe à Polícia Federal fiscalizar as empresas privadas de segurança _ mas dispõe de poucos recursos para essa fiscalização. A proposta da Secretaria de Segurança de São Paulo é que a fiscalização seja feita pela polícia estadual, garantindo mais eficiência às empresas de segurança privada.

As pessoas sentem-se mais protegidas porque vivem em fortalezas medievais, protegidas por milícias. Mas, na prática, estariam contratando para estar ainda mais vulneráveis, segundo a suspeita da polícia de São Paulo.

Na lógica do apartheid social, as pessoas imaginam que, pagando pela polícia privada, assim como pagam pelos hospitais e escolas, estariam livres da deterioração do serviço público.

Não estão _ e nem vão estar, enquanto quem os proteger viver próximo de quem os ameaça. A lição é tão simples quanto cruel: numa sociedade desigual, onde amplas camadas vivem na marginalidade, ninguém está protegido.

 

 

 
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