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Segunda-Feira, 06 de novembro de 2000

Reta final

Cida Santos
     

Diego Medina
Para o mundo do vôlei, a semana promete muita adrenalina nas finais do Campeonato Paulista. No feminino, está tudo igual: uma vitória para o Blue Life/ Pinheiros, outra para o MRV/ São Bernardo. No masculino, o Fenabb/ Suzano, em busca do seu oitavo título estadual, largou na frente do Banespa.

O herói do final de semana foi o Pinheiros. Veja bem a situação que o time se encontrava: havia sido derrotado no primeiro jogo por 3 sets a 0. No segundo confronto, começou perdendo os dois primeiros sets. Quando tudo parecia perdido, virou o placar para 3 sets a 2 e forçou a realização de um terceiro jogo.

Na teoria, a equipe de São Bernardo, da levantadora Fofão, é favorita para conquistar amanhã o título. Tem um grande bloqueio e mais opções de ataque, embora suas principais jogadoras ainda não estejam no melhor de sua forma.

Mas com essa trajetória de superação, o Pinheiros, time sem estrelas e atual campeão paulista, pode quebrar qualquer tese de vantagens do adversário.

O que impressiona no Pinheiros é a defesa. Parece até time oriental. A diferença é que a líbero Rafaela tem a ginga brasileira e usa também bastante os pés para defender. O problema da equipe é o ataque, dependente demais de Patrícia Cocco, o que facilita a atuação do bloqueio do São Bernardo.

Já Suzano e Banespa estão fazendo um duelo de atacantes. De um lado, Dante e Negrão. De outro, Axé e Joel. No primeiro jogo, os dois times fizeram o mesmo número de pontos no ataque: 73. A vitória do Suzano por 3 sets a 2 foi nos detalhes. O time tem a vantagem de jogar as duas próximas partidas em Suzano.

No Rio de Janeiro, o torneio estadual feminino está comprovando que a associação com clubes de futebol é um caminho certeiro para popularizar mais o esporte e também mudar um pouco o perfil do torcedor. O duelo entre Vasco e Flamengo, um clássico do futebol, fez o vôlei carioca ferver nos últimos dias.

Com uma tradição de times que a cada temporada mudam de nomes devido ao patrocínio, o amante do vôlei costuma torcer mais pelos atletas do que para as equipes. Conforme seus jogadores preferidos trocam de time, o torcedor também muda de camisa. Falta aquele amor ao clube, tão comum no futebol.

É certo que nos últimos anos houve uma maior associação e identificação dos times com suas cidades de origem. São os casos, por exemplo, de Suzano e Três Corações, que formaram uma torcida apaixonada.

No Rio de Janeiro, o investimentos dos clubes de futebol no vôlei retoma uma antiga tradição da cidade: nos anos 70 e 80, o Flamengo, de Isabel e Jacqueline, fez grandes jogos contra o Fluminense, de Regina Uchoa e Dulce.

É verdade que o ginásio do Maracãnazinho não lotou, mas reuniu cerca de dois mil torcedores e, depois de anos, voltou a sediar um jogo do torneio estadual feminino. Não deixa de ser uma grande vitória. E quem acompanhou Vasco e Flamengo também ganhou: viu um show da levantadora Fernanda Venturini.

Se a Fernanda continuar distribuindo bola com a perfeição que está fazendo, logo o Vasco vai perder o estigma de vice, pelo menos no vôlei.

NOTAS:


Rei da recepção
Depois de quatro vitórias seguidas, o Macerata, do brasileiro Nalbert, sofreu sua primeira derrota no Campeonato Italiano. Na rodada do final de semana, perdeu para o Ferrara por 3 sets a 2. Apesar do resultado, o Macerata permanece líder da competição, seguido pelo Cuneo, que derrotou o Modena por 3 sets a 0 e assumiu o segundo lugar. Já Nalbert é o dono da melhor recepção do torneio com 73,6% de eficiência.

Feminino
A russa Evguenia Artamanova está dando um show de bola no Campeonato Italiano. Com 27 pontos assinalados por ela, o Reggio Calabria venceu o Napoli por 3 sets a 1 e, invicto, manteve a liderança. O Modena, da brasileira Ana Flávia, está em terceiro lugar com duas vitórias em três jogos. Já o Spezzano, da atacante Hilma, perdeu para o Ravenna por 3 sets a 2 e acumula três derrotas. O time tem a terceira pior campanha do torneio.


E-mail: cidasan@uol.com.br


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