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O cotidiano das pequenas irritações e selvagerias
O cotidiano
de quem vive numa grande cidade é salpicado de pequenas
irritações _ coisas que não aborrecem
ou assustam tanto como o desemprego ou violência, mas
tiram o humor, estragam o dia.
Uma pesquisa realizada pelo site Aprendiz em parceira com
a CPM Research mapeou esse cotidiano de irritações,
guia útil para os candidatos a vereador
e prefeito.
Em primeiro lugar, a ira se volta contra os chamados "flanelinhas",
aqueles que cobram por estacionamento em espaço público.
Em segundo lugar, cocô de cachorro na calçada,
depois camelôs e, em quarto lugar, os limpadores de
vidro nos semáforos.
Campões da irritação, os flanelinhas
são o próprio exemplo da selvageria de uma comunidade,
síntese de nossa indigência.
Eles estão ali porque, obviamente, não conseguem
um bom emprego, são vítimas do subemprego, da
falta de escolaridade.
Apropriam-se do espaço público, numa privatização
selvagem, o que é claramente um desrespeito.
E, para completar, ganham o dinheiro, na maioria das vezes,
porque os motoristas se sentem chantageados. Imaginam que,
caso não paguem, o carro ficará riscado. Pagar
sai mais barato.
Pela pesquisa, vemos que nosso humor é afetado, em
seu cotidiano, por pequenas coisas que revelam a incivilidade.
A incivilidade de madames ou suas empregadas que deixam o
bichano defecar na rua.
A incivilidade as crianças de rua, obrigadas as mendigar
nos faróis por dinheiro e, para justificar o dinheiro,
limpam ( ou imaginam que limpam) os vidros.
A verdade é que as pequenas irritações,
somadas aos grande medos (violência, por exemplo) faz
das grandes cidades, São Paulo mais agudamente, um
espaço não de convivência, mas de ameaça,
no qual cada qual se sente preso a cada semáforo ou
esquina.
A cidade é vítima, portanto, das máfias
que cuidam dos carros, dos desamparados meninos de rua, esquecidos
pela família e poder público, e das madames
com se bichano.
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Curiosidade: uma parcela da população tem especial
ódio contra a musica do caminhão de gás.
Clique
aqui para fazer o download da íntegra da pesquisa.
(formato Powerpoint)
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