25/06/2016 14h00

Tristeza não tem fim? Que nos desculpem os poetas, mas um caminho para ao menos dar um tempo nos dissabores está logo ali, em Santana. Não há tristeza no Bar do Luiz Fernandes, o melhor da cidade para ir com amigos e também o melhor para comer e o melhor boteco, segundo o Datafolha.

A ver: uma varanda ampla, preciosidade caso os dias sejam quentes. Garçons que, sem força de expressão, atendem com um sorriso –e se despedem de clientes com beijos no rosto. Cerveja gelada, ambiente sem firulas (mesas de metal, banquetas sem encosto, azulejos nas paredes).

Bem, e os comes... Porque, meu amigo, comida de bar é coisa séria. Os bolinhos, uma receita introduzida por ano, são quase óbvios ali. Diminutos, como se dissessem "Vá em frente, peça mais um".

O de carne virou clássico maior paulistano, o carequinha –bolovo com massa de linguiça e ovo de codorna, molhinho ácido a acompanhar– beira o viciante.

Dos acepipes no balcão, aos olhos ternos de Dona Idalina, você faz o pedido e em minutos eles estão à mesa, picadinhos, com azeite e salsinha, num esmero caseiro qual sua mãe estivesse escondida na cozinha preparando-lhe um petisco. (Único pecado: o carnudo torresmo acaba rápido.)

Uma máxima de Dona Idalina, estampada em um quadro, ensina que é superior –e uma raridade– responder sempre com um sorriso. Daquela esquina na zona norte paulistana, em Santana, então, se sai sempre superior. E, avisem os poetas, feliz.

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BAR DO LUIZ FERNANDES - Melhor para ir com os amigos, melhor para comer e melhor boteco, segundo o Datafolha
R. Augusto Tolle, 610, Santana, região norte, tel. 2976-3556