Com ingredientes do mundo todo, Casa Santa Luzia se consagra entre os paulistanos

MELHOR EMPÓRIO - JÚRI

Três, dois, um, valendo! Como no programa de TV dos anos 1990, um cronômetro estabeleceria o tempo, três minutos, para colocar tudo o que se pode em um carrinho de mercado.

Apenas cinco itens de cada produto, sem atropelar câmeras ou derrubar embalagens. Regras são regras. Mas no episódio dos sonhos, o mercado seria a Casa Santa Luzia.

Lá, onde as gôndolas guardam 30 mil produtos (em categorias como "latarias e conservas" e "azeites e temperos"), o trajeto, inevitavelmente, começaria pelas especiarias (por uma questão de localização, mesmo).

Algum curry, cogumelos secos, mostarda de Dijon, sais de muitas cores (opa, a flor de sal). Sem perder a viagem, entram no carrinho azeite de Andaluzia e balsâmico de Modena.

Chegamos às aves. Pato, pato, pato, cinco deles. Farinha de mandioca da Amazônia e cuscuz do Oriente. Seguimos até as geleias, boas para um estoque, pois não precisam de pressa. Pães que, dizem lá, são artesanais.

E então chegamos às frutas picadinhas, prontas para comer, como nos Estados Unidos. Mas tem pitanga e caju também.

Melhor encomendar um vinho, lá do outro lado, que vá bem com tucupi. Correr, com cuidado para não atrapalhar a elegante senhora (que não viu ninguém ao seu redor), até os embutidos e as carnes, de primeira e de segunda. Foie gras, escargot, manteiga de trufas, coisas finas. "Moça, por favor, me veja um pouco de salmão defumado, já venho buscar." E mascarpone, queijo de cabra, o que vem da Estrela e também o da Canastra.

Mais vinho para as vieiras e a lagosta. Ah, o salmão. Já se perdeu nas receitas. Nem tem espaço no freezer. Vai acabar o tempo. O alarme e o saldo bancário te despertam. Bom dia. Mas sem café, ele não entrou no carrinho.

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SANTA LUZIA
Al. Lorena, 1.471, Jardim Paulista, tel. 3897-5000

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