A gota sai do filtro, escorre devagarzinho e despenca até cair no líquido preto, gerando ondas concêntricas que correm em direção ao vidro da cafeteira. E o mundo inteiro treme.
Forte. Pilão se orgulha dessa qualidade, exibida em suas peças publicitárias desde 2013, e a usa como atrativo para seduzir seus principais consumidores: as mulheres —80% das embalagens do café que saem da prateleira vão parar no carrinho pelas mãos delas. A marca é a preferida dos paulistanos das classes A e B que costumam cozinhar entrevistados pelo Datafolha, com 43%.
E mulheres fortes não bebem café fraco.
"Tem um quê de psicanálise", brinca Ricardo Souza, diretor de marketing da empresa, para depois explicar: "Percebemos, em nossos estudos, que a nossa consumidora tem essa percepção, de ser forte e batalhadora. E isso se reflete na escolha do café".
Hoje, quem treme o mundo nos comerciais de Pilão são os profissionais do dia a dia, que têm a bebida como companheira para acordar —70% deles, diz a empresa— ou na pausa para repor energias no meio do expediente.
Esses trabalhadores não encontram Pilão somente nas prateleiras. Criada em 1978 pela União e adquirida pela JDE em 2000, a marca já tem 20 cafeterias em São Paulo e no Rio de Janeiro e planeja crescer para 50 nos próximos anos. A tradição da força de casa está tomando as ruas.