Relembre eventos importantes para economia no 1º tri de 2019

Economia do país recuou 0,2% no primeiros três meses do ano

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São Paulo

O PIB brasileiro do primeiro trimestre de 2019 fechou em recuo de 0,2%, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (30).

Entre a entrega da reforma da Previdência ao Congresso, os recordes na Bolsa e os desencontros no governo, a economia não mostrou uma retomada como indicou o resultado do crescimento nesse período e também como apontavam alguns índices já divulgados.

Para entender melhor o que ocorreu com a economia nesses três primeiros meses de 2019, veja o índice com os principais eventos para a economia brasileira no período.

Janeiro

Nas aposentadorias, passa a ser vetada a emissão de certidão de tempo de contribuição para segurados individuais ou especiais nos casos em que não houver o devido pagamento previdenciário. Gabriel Cabral/Folhapress/Gabriel Cabral

Para comprovar tempo de trabalho na aposentadoria rural, o governo quer substituir declaração do sindicato rural pela autodeclaração do segurado. Lalo de Almeida/Folhapress/Lalo de Almeida

Para receber pensão por morte, no caso de união estável, passará a ser obrigatória a apresentação de prova documental contemporânea da união e de dependência econômica . Aloisio Mauricio/Aloisio Mauricio

A MP de Bolsonaro prevê prazo máximo de dez anos para ações judiciais tanto para revisão quanto para concessão de benefícios . Folhapress/Igor do Vale

Caso seja detectado recebimento indevido, INSS poderá descontar o valor ou, se necessário, inscrever o segurado devedor na dívida ativa da União . Folhapress/Ronny Santos

Lama destruiu casas e plantações na região da Horta, que fica entre Tejuco e Parque da Cachoeira, em Brumadinho (MG). Eduardo Anizelli/ Folhapress/Eduardo Anizelli

Lama destruiu casas e plantações na região da Horta, que fica entre Tejuco e Parque da Cachoeira, em Brumadinho (MG). Eduardo Anizelli/ Folhapress/Eduardo Anizelli

Lama destruiu casas e plantações na região da Horta, que fica entre Tejuco e Parque da Cachoeira, em Brumadinho (MG). Eduardo Anizelli/ Folhapress/Eduardo Anizelli

Lama destruiu casas e plantações na região da Horta, que fica entre Tejuco e Parque da Cachoeira, em Brumadinho (MG). Eduardo Anizelli/ Folhapress/Eduardo Anizelli

Lama destruiu casas e plantações na região da Horta, que fica entre Tejuco e Parque da Cachoeira, em Brumadinho (MG). Eduardo Anizelli/ Folhapress/Eduardo Anizelli

Lama destruiu casas e plantações na região da Horta, que fica entre Tejuco e Parque da Cachoeira, em Brumadinho (MG). Eduardo Anizelli/ Folhapress/Eduardo Anizelli

Lama destruiu casas e plantações na região da Horta, que fica entre Tejuco e Parque da Cachoeira, em Brumadinho (MG). Eduardo Anizelli/ Folhapress/Eduardo Anizelli

Lama destruiu casas e plantações na região da Horta, que fica entre Tejuco e Parque da Cachoeira, em Brumadinho (MG). Eduardo Anizelli/ Folhapress/Eduardo Anizelli

Lama destruiu casas e plantações na região da Horta, que fica entre Tejuco e Parque da Cachoeira, em Brumadinho (MG). Eduardo Anizelli/ Folhapress/Eduardo Anizelli

Lama destruiu casas e plantações na região da Horta, que fica entre Tejuco e Parque da Cachoeira, em Brumadinho (MG). Eduardo Anizelli/ Folhapress/Eduardo Anizelli

Lama destruiu casas e plantações na região da Horta, que fica entre Tejuco e Parque da Cachoeira, em Brumadinho (MG). Eduardo Anizelli/ Folhapress/Eduardo Anizelli

Lama destruiu casas e plantações na região da Horta, que fica entre Tejuco e Parque da Cachoeira, em Brumadinho (MG). Eduardo Anizelli/ Folhapress/

Lama destruiu casas e plantações na região da Horta, que fica entre Tejuco e Parque da Cachoeira, em Brumadinho (MG). Eduardo Anizelli/ Folhapress/

Fevereiro

Após 11 dias de paralisações e manifestações dos caminhoneiros, o presidente Temer editou a Medida Provisória 832 e a ANTT instituiu a Resolução 5.820. Ambas determinam uma política de preços mínimo para fretes terrestres. Folhapress/Eduardo Anizelli

O setor industrial é contra o tabelamento do frete e se colocou contra desde que Temer anunciou as medidas para acabar com as paralisações. . Folhapress/Marília Camelo

Até mesmo os caminhoneiros dizem que o tabelamento pode ser prejudicial. Eles temem falta de fiscalização e surgimento de um mercado paralelo no país . Folhapress/Zanone Fraissat

Os produtores de trigo afirmaram que, caso seja aprovado, o aumento nos custos gerado pelos novos valores dos fretes será repassado para os fabricantes de farinha, o que já ameaça o preço do pão francês . Folhapress/Julia Chequer

Michel Temer que a mobilização de caminhoneiros em maio deixou o país perto de uma "rebelião insolúvel" que forçou o governo a aceitar reivindicações, mas afirmou que o tabelamento de fretes pode ser renegociado. Folhapress/Eduardo Anizelli

Depois de diversas ações na Justiça, três das quais estão no STF, o ministro Luiz Fux suspendeu a tramitação de processos e convocou uma audiência pública para 27 de agosto . /Alan Marques/Folhapress

Venezuelanos esperam por transporte público durante apagão em Caracas. Reuters/Carlos Garcia Rawlins - 8.mar.19

Funcionário fecha loja durante apagão em Caracas. Reuters/Manaure Quintero - 8.mar.19

Venezuelanos em ônibus lotado durante apagão em Caracas. AFP/Matias Delacroix - 8.mar.19

Pessoas aguardam na área de check-in do aeroporto internacional Simón Bolívar durante apagão em toda a Venezuela. Reuters/Marco Bello - 8.mar.19

Loja saqueada durante corte de energia em Caracas. AFP/Matias Delacroix - 8.mar.19

Estádio Metropolitano apagado antes da partida suspensa pela Copa Libertadores, entre Deportivo Lara, da Venezuela, o Emelec, do Equador. AFP/Ronaldo Schemidt - 7.mar.19

Moradores em um prédio de bairro afetado pelo apagão em Caracas. Reuters/Ivan Alvarado - 7.mar.19

Caracas durante o apagão. Reuters/Carlos Jasso - 7.mar.19

Homem dentro de garagem mecânica durante blecaute . Reuters/7.mar.19

Pessoas se reúnem em parque durante o apagão em Caracas. Reuters/Carlos Jasso - 7.mar.19

Pessoas entram um ônibus durante o apagão em Caracas. Reuters/7.mar.19

O ministro da Economia, Paulo Guedes, 69, é carioca e concluiu o doutorado em economia na Universidade de Chicago, em 1978. Foi sócio do Banco Pactual e foi proprietário da Bozano Investimentos. Pedro Ladeira/Folhapress/

Mansueto de Almeida, secretário do Tesouro Nacional, será mantido no cargo na equipe econômica no futuro governo de Jair Bolsonaro. Folhapress/Alan Marques

Secretário-Geral Executivo | Marcelo Guaranys, ex-presidente da Anac e assessor especial da Casa Civil para infraestrutura como seu número dois. Folhapress/Alan Marques

Secretaria-Geral de Previdência e Receita Federal | Marcos Cintra ex-deputado federal, presidente da Finep, professor da FGV-SP. Formulador do projeto de imposto único. Folhapress/Robson Ventura

Secretaria-geral de Produtividade e Competitividade | Carlos da Costa É ex-diretor do BNDES, trabalhou com a equipe de Guedes desde antes da eleição e se consolidou como interlocutor com o setor produtivo . André Telles/Divulgação/

Secretaria Especial da Previdência | Rogério Marinho, ex-relator da reforma trabalhista, deputado do PSDB derrotado no RN . Folhapress/

Secretaria-Geral da Fazenda | Waldery Rodrigues Jr. coordenador da Secretaria de Política econômica, da Fazenda. Formado no ITA, e mestre em economia pela universidade de Michigan (EUA) e doutor pela UNB. Marcos Oliveira/Agência Senado/Marcos Oliveira

Secretaria-Geral de Desburocratização, Gestão e Governo Digital | Paulo Uebel, ex-secretário de Gestão da Prefeitura de São Paulo, mestre em administração pública por Columbia . Folhapress/Danilo Verpa

Secretaria de Política Econômica | Adolfo Sachsida. É doutor em economia pela Universidade de Brasília, foi pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) . / Divulgação

Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais | Marcos Troyjo, formado em Ciência Política pela USP, é doutor em relações internacionais pela USP. Serviu no Itamaraty como diplomata, dirigiu o laboratório BRICLab, de Columbia. /Moacyr Lopes Junior/Folhapress

Presidente da Petrobras | Roberto Castello Branco é professor da Fundação Getúlio Vargas e fez pós-doutorado pela Universidade de Chicago. É ex-diretor do BC e da Vale . Folhapress/Pedro Ladeira

Secretaria-Geral de Desestatização e Desmobilização | Salim Mattar fundou a locadora de carros Localiza (1973) e é formado em administração pela Fumec (BH). Foi um dos maiores doadores, como pessoa física, nas eleições presidenciais. /Foto: Sergio Zacchi/Valor

Presidente do Banco do Brasil | Rubem Novaes, que estudou com Paulo Guedes em Chicago, é economista é professor da FGV e ex-diretor do BNDES . Reuters/Adriano Machado

Presidente da Caixa Econômica Federal | Pedro Duarte Guimarães é sócio do banco de investimento Brasil Plural . Reuters/Adriano Machado

Presidência do do Banco Central | Roberto Campos Neto. Foi economista do Santander por 18 anos. É pós-graduado em economia pela UCLA (Universidade da Califórnia, em Los Angeles). Nome ainda depende de confirmação do Senado. Agência O Globo/Valor Econômico

Presidente BNDES | Joaquim Levy é doutor pela Universidade de Chicago, foi diretor financeiro do Banco Mundial, Ministro da Fazenda de Dilma (2015), Secretário do Tesouro de Lula (2003-2006) e ex-diretor do Bradesco . Folhapress/Alan Marques

A medida faz parte do plano de reestruturação global da Ford, que acaba de firmar parceria com a Volkswagen para fabricar veículos utilitários . Folhapress/Rivaldo Gomes

Segundo representantes da montadora, o fechamento da unidade de São Bernardo não afeta a produção em Camaçari (BA), onde são feitos os modelos Ka e EcoSport, e em Taubaté (SP), de motores . Folhapress/Rivaldo Gomes

Em comunicado, a montadora afirma que vai deixar o mercado de caminhões na América do Sul. A Ford prevê impacto de cerca de US$ 460 milhões (R$ 1,71 bilhão) em despesas não recorrentes . Folhapress/Rivaldo Gomes

Matriz da Embraer em São José dos Campos, interior de São Paulo. Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress/

O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Herbert Claros, fez pronunciamento do lado de fora da empresa enfatizando a nacionalização da empresa. Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress/

Matriz da Embraer em São José dos Campos, interior de São Paulo. Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress/

Matriz da Embraer em São José dos Campos, interior de São Paulo. Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress/

Março

Primeiro trimestre encerrado, números começam a mostrar como a economia do Brasil se comportou nesse período. Veja na sequência os principais acontecimentos que impactaram o desempenho econômico do país . Folhapress/Diego Padgurschi

No início do ano, com a posse de Jair Bolsonaro, as expectativas para uma economia melhor eram grandes. Dados do instituto alemão Ifo com a FGV (Fundação Getulio Vargas) do começo do ano mostram uma melhora na avaliação de analistas para o cenário econômico brasileiro . Folhapress/Pedro Ladeira

Entre as expectativas do mercado estava a proposta de uma reforma da Previdência, prometida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda durante o período eleitoral. Em dezembro, após as eleições, o otimismo do brasileiro com a economia disparou segundo pesquisa do Datafolha . /

No dia 20 de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro entregou pessoalmente ao Congresso a proposta da reforma da Previdência. Entre as alterações, o texto prevê idade mínima para posentadoria em 65 anos para homens, e 62 para mulheres . /LUIS MACEDO

Em março, na expectativa da reforma, a Bolsa brasileira chegou a bater o recorde de 100 mil pontos ao longo do dia, mas fechou em 99.9993 pontos . Folhapress/Daniel Marenco

Ainda em março, contudo, uma troca de farpas entre o Presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, fez com que analistas olhassem com mais cautela para o desempenho da economia e para a aprovação da reforma da Previdência . AFP/CAROLINA ANTUNES

Após as rusgas, setores industriais passaram a ver uma retomada econômica só em 2020. Um dos segmentos que jogou para o ano que vem um retorno do ritmo positivo foi a construção civil . Folhapress/Marcus Leoni

Com o trimestre fechado e ainda longe da PEC da Previdência ser votada pelo plenário da Câmara, revisões do crescimento do país para 2019 começaram a pipocar. O Itaú, por exemplo, passou a projetar um desempenho econômico em 2019 não maior do que no ano anterior, de 1,1% . REUTERS/SERGIO MORAES

Na sequência, com a divulgação de dados do primeiro trimestre, alguns sinais de que a economia não foi bem começaram a surgir. Um deles foi a retração do setor industrial em 0,7%, segundo dados do IBGE . Folhapress/Diego Padgurschi

O setor de serviços também escorregou no período e fechou em queda de 0,6%, segundo o instituto. Já o comércio teve alta de 0,2% no 1º trimestre, mas em março ainda estava 6,1% abaixo do pico que o setor alcançou em 2014 . Folhapress/Joel Silva

Também no primeiro trimestre, a taxa de subutilização da força de trabalho brasileira bateu recorde, chegando a 25% (28,3 milhões de brasileiros). É o maior índice desde o início da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012 . Danilo Verpa/Danilo Verpa

Com esses números, o balanço do Banco Central para o primeiro trimestre foi uma queda de 0,68%, segundo o indicador IBC-Br . Folhapress/Gabriela Di Bella

1. Investidor analisa a qualidade da decisão pelo resultado obtido por um investimento no passado, sem considerar os riscos presentes e futuros. Por que está errado: ganho passado não significa ganho futuro. O investidor pode tomar como referência um desempenho fora da curva da aplicação. AFP/JOHANNES EISELE/AFP

2. Indivíduo superestima seus conhecimentos e acha que está tomando decisões sensatas, mesmo em meio ao caos e a informações pouco claras. Por que está errado: o excesso de confiança pode fazer o investidor se desfazer de uma aplicação com ganho menor do que teria se esperasse mais ou mesmo com prejuízo. /TBA

3. O famoso efeito manada, quando o investidor acompanha o comportamento da maioria com medo de ficar de fora da tendência de mercado. Por que está errado: Nadar conforme a maré pode ser um desastre se o investidor estiver participando de uma pirâmide ou entrando antes do estouro de uma bolha. AP/Kin Cheung/AP

4. Indivíduo segmenta mentalmente o patrimônio; ao compartimentalizar cada decisão, não enxerga seu portfólio de maneira mais ampla. Por que está errado: quando segmenta muito o orçamento, pode não perceber que é melhor financeiramente resgatar uma aplicação do que tomar um empréstimo. /Maestro Enterprise

No fim de março, líderes da maioria na Câmara anunciaram vetos a trechos da PEC da reforma da Previdência. Eles querem retirar os trechos sobre BPC, aposentadoria rural e dispositivos que desconstitucionalizam regras previdenciárias . Najara Araujo/Câmara dos Deputados/

O BPC (benefício pago a idoso carente) é pago a idosos em situação de pobreza. Hoje é pago um salário mínimo (R$ 998) a partir dos 65 anos. A PEC propõe R$ 400 entre 60 e 69, e o mínimo a partir dos 70. Folhapress/Rubens Cavallari

Parlamentares que se autodeclaram favoráveis à reforma querem que o governo retire do texto a previsão de mudanças no regime de aposentadoria de servidores estaduais, como PMs, bombeiros e professores; dessa forma, eles dividiriam o ônus político da reforma com os governadores . Folhapress/Marcelo Justo

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho (foto), disse que o governo defende a aprovação integral da PEC, mas que, se for vontade do Congresso, os itens serão suprimidos. Reuters/Adriano Machado

Internamente, o grupo de assessores de Paulo Guedes, ministro da Economia e responsável pelo texto, usa o slogan No surrender, no retreat! [nenhuma rendição, nenhum recuo] . Folhapress/Pedro Ladeira

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